Apple responde à FCC (EUA) que está ponderando o aplicativo enquanto a AT&T afirma que não teve nenhum papel na discussão sobre a aceitação da solução no produto.
Em resposta à Comissão Federal de Comunicação dos EUA (FCC) sobre o Google Voice, a Apple negou nesta segunda-feira (24/08) que tenha rejeitado a aplicação para o iPhone. Porém ela admitiu a submissão do Google com a App Store.
Segundo a Apple: “O pedido não foi aprovado porque, como são submetidos à apreciação, isso aparece para alterar a experiência do usuário do iPhone, substituindo a funcionalidade central do telefone móvel e a interface da Apple com a própria interface do usuário para chamadas telefônicas, mensagens de texto e voicemail”.
Já a AT&T negou que tenha ajudado na decisão da retirada da solução do Google, porém admitiu que conversou algumas vezes com a Apple sobre aplicações específicas para o iPhone e “que em alguns casos foram posteriormente revistos antes de serem aceitos”. “A companhia (AT&T) teve discussões gerais sobre otimização dos critérios técnicos que a Apple utiliza para avaliar as aplicações do aparelho, a fim de minimizar o congestionamento da nossa rede sem fio”, explica a operadora.
A Apple disse que ainda estava pensando em aplicar o Google Voice e estuda como ele irá impactar em relação a experiência de quem usa o iPhone. A fabricante também confirmou a alegação da AT&T de que ela é a única responsável pela situação incerta do aplicativo da Google no processo de revisão.
Ambas as empresas admitiram que o acordo contratual proíbe que a Voz sobre IP (VoIP) chegue à App Store, a menos que a AT&T concorda. "De tempos em tempos, a AT&T tem manifestado preocupação com a eficiência da rede e congestionamento na rede potenciais associados com determinadas aplicações, e a Apple leva em consideração essas preocupações", disse a Apple.
O Google pediu sigilo em sua resposta, pois a discussão que teve com a Apple “constitui um dado comercial que costuma ser protegido da concorrência”.
As explicações das companhias fazem parte de uma investigação mais ampla pelo FCC em assuntos como é o caso dos preços e acordos de exclusividade entre os fabricantes e operadoras de celular.