
*Por Edson Alves
Em um mundo cada vez mais digital, o software deixou de ser apenas uma ferramenta de apoio para se tornar o alicerce de um país competitivo, otimizando processos internos, impulsionando a inovação, a eficiência e a transformação econômica em diversos setores.
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A transformação digital impulsionada pelo software vai muito além da simples automação de tarefas, representando uma mudança de paradigma em que dados, algoritmos e inteligência artificial são aplicados para reinventar modelos de negócio, proporcionando às empresas agilidade, melhor comunicação [1] e a criação de produtos e serviços inovadores.
Esse movimento, que já é uma realidade global, mostra resultados expressivos também no cenário nacional, permitindo a criação de
soluções personalizadas que atendem às demandas de um mercado em constante evolução. Por exemplo, o setor agrícola, ao utilizar
sistemas de gestão e monitoramento, consegue otimizar a produção, reduzir custos e aumentar a competitividade internacional.
No Brasil, o setor de tecnologia e software tem apresentado um crescimento robusto, com dados da Associação Brasileira das Empresas de Software (ABES) apontando que o país manteve 1,6% dos investimentos [2] em tecnologia em nível global, e 37,2% dos investimentos em toda a América Latina. O dado mostra que ultrapassamos a Coreia do Sul e a Itália e voltamos a estar entre as
10 potências globais, com US$ 50 bilhões em investimentos.
Um estudo realizado pela McKinsey revelou que empresas que adotam tecnologias [3] digitais podem aumentar sua produtividade em até 20% a 30%, reforçando a capacidade de competir num cenário global onde a eficiência operacional é diferencial, além de impulsionar os resultados financeiros e fomentar o crescimento econômico.
Apesar dos avanços, a integração do software na estratégia de competitividade nacional enfrenta desafios significativos, como a
necessidade de mão de obra qualificada, a constante atualização das tecnologias e a segurança cibernética, os quais, por sua vez, abrem espaço para a criação de políticas públicas robustas, o incentivo à capacitação profissional [4] e o fortalecimento das parcerias entre os setores público e privado.
A colaboração entre universidades, centros de pesquisa e empresas privadas pode acelerar o desenvolvimento de novas soluções
tecnológicas, aprimorando o ecossistema de inovação e fortalecendo a competitividade em mercados internacionais. Ao olharmos para o futuro, é inegável que o software continuará a ser um dos principais motores de crescimento econômico e transformação social, especialmente com a expansão da Internet das Coisas, da inteligência artificial e da computação em nuvem, ampliando as oportunidades para melhorar a eficiência e a competitividade.
Assim, o uso estratégico de software não se trata apenas de modernização, mas de uma estratégia vital para a competitividade
nacional, que impulsiona a produtividade, a inovação e constrói uma base sólida para o desenvolvimento sustentável e a prosperidade
econômica em um cenário cada vez mais dinâmico e competitivo. *Edson Alves é CEO da Ikatec.
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