Empresas entrevistadas concordam que targeting e posicionamento imprecisos, bem como a falta de integração da comunicação, levam ao desperdício de verbas.
A Precision Marketing, consultoria do mercado brasileiro que tem por objetivo melhorar a performance da propaganda, em parceria com o instituto de pesquisa ÁBACO Marketing Research, anunciou os resultados do levantamento ‘A propaganda pode render mais?’. Trata-se de um estudo qualitativo sobre a contribuição da propaganda aos negócios, sua produtividade, sua gestão nas empresas anunciantes, o R.O.I. da propaganda e outras questões relacionadas a como melhorar o processo de desenvolvimento da propaganda.
“Nosso estudo parte do fato de que, a melhor propaganda que se faz no País, quando é um sucesso, motiva no máximo 20% do target e isso pode ser melhorado”, diz Karol Sapiro, da Precision Marketing. Segundo a profissional, esta pesquisa, realizada com alguns dos principais executivos de marketing do País, levanta questões e oportunidades que não devem passar em branco, sob o risco das empresas continuarem a desperdiçar significativos recursos.
De acordo com o levantamento, 100% dos entrevistados concordaram que um targeting e posicionamento mais precisos e profundos são essenciais para tornar mais eficiente o processo de comunicação; 100% dos entrevistados também concordaram que a propaganda deve estar integrada a outras disciplinas e táticas de marketing para a mensagem ser mais consistente e efetiva, embora nem eles nem suas agências saibam exatamente como fazer isso.
As entrevistas detectaram ainda, os principais desafios das equipes de marketing, como, por exemplo, trabalhar com estruturas enxutas, independentemente do tamanho da empresa ou de suas verbas de propaganda, e as dificuldades de integração com outras áreas da empresa, nem sempre afinadas e compreensivas quando o assunto é comunicação.
A pesquisa também apresenta a percepção dos executivos de marketing sobre o relacionamento com suas agências. Embora, de um modo geral, as relações sejam bastante satisfatórias, existe uma certa tensão na vivência do dia-a-dia, seja pelo processo de ‘juniorização’ ou pela pouca criatividade nas propostas de mídia.