Pesquisa realizada em 2013 confirma que desigualdades sociais refletem diretamente na utilização da rede.
Um estudo realizado pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) em 2013 revela que as desigualdades sociais entre adolescentes brasileiros também são evidentes quando se trata do acesso à Internet.
Para o coordenador do Programa Cidadania dos Adolescentes do UNICEF no Brasil, Mário Volpi, “a pesquisa confirma que as desigualdades sociais se refletem também no acesso à Internet, uma vez que os adolescentes mais pobres e com menos escolaridades são os mais excluídos na internet”.
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A pesquisa indica que o uso da Internet por adolescentes, entre os 12 e 17 anos, vem crescendo rapidamente, sendo quase 10 milhões o número de adolescentes que fazem uso diário da rede.
Entre os excluídos, que somam em torno de 6 milhões de adolescentes, estão os mais pobres, os que vivem na zona rural, com baixa escolaridade e os adolescentes indígenas.
Assim, enquanto os adolescentes das famílias de maior renda têm acesso à Internet em suas casas, os de menor renda o fazem em centros pagos. Escolas e centros públicos gratuitos ainda não representam uma alternativa de acesso.
Em relação ao uso seguro da tecnologia, um total de 48% dos meninos e 31% das meninas já encontrou pessoalmente alguém que só haviam conhecido pela Internet. No entanto, a maioria dos adolescentes afirmam ter acompanhamento dos pais ou responsável para um uso seguro da Internet e dizem também que se sentem mais discriminados na vida real.