Este é o pior período, segundo o presidente da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas, para a retirada de quaisquer que sejam os incentivos para a linha branca.
O anúncio do fim da redução do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados), para a linha branca (eletrodomésticos como fogão, geladeira, máquina de lavar), pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega, pegou o comércio de surpresa. “Veio em momento inoportuno e pode causar um impacto extremamente negativo, com queda em torno de 10% a 15% nas vendas desse segmento no primeiro trimestre”, ressalta o empresário Roque Pellizzaro Junior, presidente da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL).
O presidente da CNDL já enviou um documento ao Ministério do Desenvolvimento, Industria e Comércio Exterior (MDIC) solicitando que seja mantida a redução do IPI por pelo menos mais 60 dias. “Temos grandes esperanças de que nossa reivindicação seja acolhida. Porque só vai resguardar a economia doméstica e quem ganha com isso é o consumidor”, afirma Pellizzaro.
Este é o pior período, segundo o presidente da CNDL, para a retirada de quaisquer que sejam os incentivos para a linha branca. “A medida é desnecessária no momento. O setor tradicionalmente não está aquecido nos três primeiros meses do ano e os estoques estão altos. As vendas começam a reagir a partir de março. O consumidor, agora, está voltando de férias e preocupado em pagar os gastos de fim de ano e as contas de material escolar, impostos e taxas”, avalia.
Pellizzaro ressalta que, embora todos soubessem que o incentivo fiscal tinha prazo determinado, a expectativa do comércio lojista é de que o governo leve em consideração as especificidades do setor.