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Foco de FinOps agora é redução de desperdício na nuvem

* Por Adolfo Manzutti

Uma importante metodologia que pode aprimorar a performance financeira da nuvem, reduzindo custos, o Finops continua a evoluir ao longo dos anos.

Antes da adoção massiva da Cloud, que originou o FinOps, era complexo alocar corretamente os custos da infraestrutura on-premise nos devidos centros de custos, departamentos ou produtos de uma empresa.

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As previsões para o futuro do FinOps incluem um aumento na adoção dessa prática nas empresas, proporcionando a correta alocação de investimentos estratégicos para remodelar a forma de gerenciar recursos da nuvem com eficiência.

Exemplos de políticas de governança eficazes para controlar custos na nuvem incluem provisionamento, uso, desligamento, monitoramento, descontos e segurança. Essas diretrizes estabelecem níveis de aprovação, limites de uso, automações para desligamento de recursos não utilizados, alertas para aumentos inesperados de custos e controle de acessos para garantir que apenas pessoas autorizadas possam provisionar e gerenciar recursos na nuvem. Implementar esses regimes é essencial para uma gestão financeira eficiente e sustentável dos recursos de TI.

Entretanto, após essas evoluções, o foco agora dos praticantes do FinOps é a redução de desperdícios, que, segundo pesquisas, pode chegar a 32% nos serviços contratados de nuvem. Para isso, precisa-se cada vez mais melhorar a eficiência operacional e maximizar o uso de recursos.

Uma das tendências é integrar outras disciplinas ao FinOps, como Sustentabilidade, Gestão de Ativos (ITAM), Gestão Financeira de TI (ITFM) e Gestão de Serviços de TI (ITSM). Com isso, é possível promover uma abordagem holística do Gerenciamento Financeiro de TI, que deve ir além da própria Cloud.

O escopo do FinOps deverá ser ampliado para um gerenciamento financeiro mais holístico da TI, considerando também os recursos que não estão na nuvem. Ferramentas unificadas de gerenciamento de custos aprimoraram o uso de ambientes híbridos e multi-cloud e permitem decisões mais adequadas sobre a alocação de recursos, considerando as melhores ofertas de diferentes provedores ou a utilização mais eficiente dos seus ambientes on-premise cujo investimento financeiro já foi realizado.

Um caso que demonstra isso é que os parceiros tecnológicos da FinOps Foundation já estão atualizando suas ferramentas para incluir nas análises custos de TI não relacionados à nuvem, como serviços de outsourcing e infraestrutura on-premise em ambientes híbridos. Com isso as empresas podem ter mais visibilidade e controle dos custos e geração de valor de toda a infraestrutura.

Dentro da complexidade para analisar a grande quantidade de dados e variáveis que estes processos exigem, as ferramentas mais recentes de FinOps estão cada vez mais baseadas em AI e Machine Learning geração de informações, insights e automações dentro de todas as fases previstas pelo FinOps: informar, otimizar e operar. Graças a isso, ferramentas de ARM (Application Resource Management) se tornaram complementares às mais tradicionais de Gerenciamento Financeiro da nuvem, pois conseguem viabilizar e tornar realidade as fases de otimização e automação da operação da nuvem.

Apesar das novas ferramentas, haverá uma crescente demanda por profissionais especializados em FinOps. As empresas precisarão de especialistas qualificados e parceiros capacitados para implementar e gerenciar soluções, analisar dados de gastos e fornecer insights não apenas para otimização de custos, mas principalmente demonstrar a geração de valor pelo uso da nuvem.

Para implementar o FinOps, é necessário criar uma cultura voltada para a responsabilidade financeira, mapeando e compreendendo o uso da nuvem, otimizando os gastos, automatizando tarefas e promovendo a colaboração e o aprimoramento contínuo.

A ordem de aplicação dessas etapas pode variar conforme a maturidade e o uso de recursos em nuvem. Empresas com uso intensivo podem iniciar pela fase de otimização, utilizando ferramentas de Application Resource Management (ARM), que têm demonstrado capacidade de gerar ROI rapidamente com a redução de custos e otimização de desempenho. Isso permite a realocação desses valores para viabilizar a implantação do FinOps com pouco ou nenhum custo adicional.

O FinOps, transcendendo a otimização de custos, se consolida como disciplina fundamental para empresas na era da nuvem. Seu foco se expande para a geração de valor estratégico, combatendo o desperdício e buscando eficiência operacional com sustentabilidade. Através de processos e ferramentas robustas, o FinOps viabiliza resultados concretos, impulsionando o sucesso do negócio de forma sustentável e responsável. *Adolfo Manzutti é diretor de Business Development na NAVA Technology for Business.

Este artigo é de total responsabilidade do autor, não representando, necessariamente, a opinião do Portal IPNews.

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