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Fundação Padre Anchieta premia quem incentiva o uso da internet como educação

Projeto irá premiar estabelecimentos que fomentam a utilização da internet para o desenvolvimento social e a emancipação digital.

O presidente da Fundação Padre Anchieta, Paulo Markun, anunciou nesta semana a criação do “Prêmio Conexão Cultura – A sua história em suas mãos”, durante a 1ª Conferência Web W3C Brasil, realizada em São Paulo. O prêmio vai reconhecer ações de telecentros e lan houses que vão além das funções cotidianas, com iniciativas que facilitam o acesso dos seus frequentadores a benefícios culturais e sociais. O projeto também está ligado a duas questões estratégicas para o país: a emancipação digital e a desigualdade social.
 
O movimento luta pela mudança de percepção dos centros de inclusão digital, para que se tornem locais reconhecidos de formação profissional e desenvolvimento cultural. É um meio para estimular a autonomia e a capacidade do cidadão de usufruir dos serviços criados pela sociedade da informação.
 
Durante o evento, que contou com a participação do presidente da Associação Brasileira dos Centros de Inclusão Digital (ABCID), Márcio Brandão, que apóia a iniciativa da FPA, do presidente do Conselho Curador da FPA, Jorge da Cunha Lima, e do coordenador do núcleo de Novas Mídias da Fundação, Ricardo Mucci. Markun lembrou de alguns dados de pesquisa (confira abaixo) realizada pela Cultura Data para identificar o comportamento dos usuários de lan houses. E o mais visível e significativo é que 93% dos entrevistados desejam aprender mais.
 
Sobre a Conexão Cultura
O programa Conexão Cultura, lançado pela Fundação Padre Anchieta no início deste ano, visa aproximar os usuários de centros de acesso à internet (públicos e privados) a conteúdos relevantes. O sistema funciona por meio de um aplicativo instalado nos computadores desses centros. Ao abrir o navegador web, o usuário logo vê a barra de navegação do Conexão na tela, que o leva a conteúdos educativos, de formação profissional, cultural e de serviços, de parceiros como o Acessa SP, Itaú Cultural e Sesc São Paulo, entre outros.
 
Hoje, o Conexão Cultura funciona em unidades do Acessa SP e nas salas Internet Livre dos Sesc’s Pompéia, Itaquera e Consolação, em São Paulo (SP). Mas, dentro das parcerias já realizadas, a malha de benefícios articulada pelo programa ficará disponível nos 500 pontos do Acessa SP; 1.700 do Acessa Escola; 300 de Telecentros municipais; e nos 1.300 Telecentros federais, o que vai perfazer um total de 6 milhões de potenciais usuários.
 
Pesquisa
Uma pesquisa do Cultura Data, realizada entre 10 e 17 de dezembro de 2008, com 349 usuários e 27 donos de lojas em São Paulo e sendo utilizada como embasamento para a abertura do programa Conexão Cultura, indicou que cerca de 90 mil “lan houses” estão em funcionamento no país na época. Só na Grande São Paulo, 34% dos usuários de internet vêm desses locais.
 
Para a instituição, o dado mais importante da pesquisa mostrou que os games não são mais a preferência dos usuários e que eles usavam esses centros como locais públicos para comunicação, informação, pesquisa e relacionamento.
 
A principal conclusão do estudo foi de que 93% dos usuários que acessam a internet em lan houses querem aprender mais. Outros 64%, porque gostavam e pensavam que a lan house poderia ser um ambiente propício para aprendizagem. Por outro lado, 93% dos usuários, passavam o tempo nesses locais comunicando-se via Orkut, MSN, Skype e e-mail.
 
Desse panorama entendeu-se que o internauta, em virtude da limitação de tempo nos espaços, investia seu tempo na construção de uma rede de amigos e em busca das soluções mais familiares da internet. Por esse motivo, a Fundação criou o programa Conexão Cultura para estimular o usuário a investir em formação pessoal.
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