Banda Larga

Furnas levará PNBL ao Sul, Sudeste, Nordeste e Centro-Oeste

Fibra ótica formará anéis do Programa.

Furnas disponibilizará 3,5 mil quilômetros de cabos de fibras óticas para a formação do anel Sudeste do Programa Nacional de Banda Larga (PNBL), do Governo Federal, projeto sob gestão da Telebrás. Os cabos, de tecnologia OPGW (cabos para-raios com fibras óticas), atenderão a 793 cidades de Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro, Goiás e Distrito Federal. Em uma segunda fase, Furnas participará nos anéis que atenderão às regiões Sul e Nordeste.

Além das linhas de transmissão da empresa, para completar o circuito serão instaladas fibras óticas usando-se a infraestrutura dos gasodutos da Petrobras na região.

Três estações de telecomunicações da empresa – Mimoso, em Goiás, Palmeirópolis e Nova Rosalândia, em Tocantins, além da subestação Gurupi, no mesmo estado – já estão em adaptação para ser canal de interligação do anel Sudeste ao Nordeste. No anel Sul, serão usadas as fibras óticas das linhas de transmissão de Itaipu, que liga Foz do Iguaçu à região Sudeste.

O gerente do departamento de engenharia de telecomunicações de Furnas, Paulo Cesar Bernardini, explica que a empresa também disponibilizou torres de seu sistema de telecomunicações para viabilizar a conexão, pela Telebrás, através de enlaces de rádios, da rede de transmissão ótica aos municípios que serão atendidos pelo PNBL.

“É um projeto prioritário para nós pela inclusão digital, redução de custos que o novo sistema trará, benefício às unidades físicas de órgãos do governo com a nova tecnologia e diminuição dos gastos com aluguel de serviços das operadoras de telecom”, explica Bernardini.

Até o fim deste mês, Furnas concluirá o trabalho de adaptação de suas instalações para o primeiro trecho do PNBL a ser inaugurado, no circuito entre Brasília e Itumbiara, em Goiás. Hoje, sete subestações da empresa passam por obras para atender ao PNBL: Brasília Geral e Samambaia, no Distrito Federal; Pirineus, Bandeirantes e Itumbiara, em Goiás, Porto Colômbia e Mascarenhas de Moraes, em Minas Gerais. Outras seis estão em fase final de aprovação do projeto e em breve terão as obras iniciadas.

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) homologou, em 25 de maio, os contratos de cessão firmados entre a Telebrás e as empresas estatais do setor elétrico que participarão do projeto, com validade de 10 anos. Pelo aluguel da rede de fibra ótica instalada nas linhas de transmissão, Furnas receberá uma remuneração com base na extensão e quantidade de fibras óticas disponibilizadas para a Telebrás. O objetivo não é gerar lucro para a empresa, apenas cobrir os gastos com custos de manutenção da rede do PNBL.

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