
A nuvem e a possibilidade de trabalho remoto tem mudado o conceito de gerenciamento de identidade e acesso a recursos de informação. Para André Facciolli, diretor da Netbr, novos paradigmas transformaram o provisionamento desses serviços como Utility, como é feito com energia e água.
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Ele explica que novas abordagens sobre o tema, criadas por consultorias de tecnologia, tem projetado a segurança como um barramento de serviços, em que a autenticação e autorização passam a se orientar ao acesso (políticas e risco) e não somente ao objeto (dispositivo ou aplicação).
Acima de tal barramento, o responsável pela segurança de identidade e acesso irá projetar o conjunto de regras de autenticação e autorização. “Trata-se de um rearranjo de onde se obtém o conceito de “Identity as a Utility”, tal como entendemos outros serviços essenciais, como energia e água”, diz Facciolli.
Nesse sentido, uma tendência que ele enxerga é a aplicação de aprendizado de máquina na automação dos processos de segurança de identidade. A intenção seria torná-los mais ágeis e adaptativos.
LGPD e identidade
A preocupação com o gerenciamento de identidade deve ganhar impulso na medida em que o prazo de implementação da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) chega. De acordo com pesquisa da empresa em parceria com a Sailpoint, 69% das empresas se consideram pouco preparadas para atender à legislação, que vai passar a vigorar em agosto de 2020.
O levantamento ainda indica que o nível de conhecimento técnico em gestão de identidade de 63% das empresas entrevistadas estava abaixo do ideal ou apenas incipiente, enquanto apenas 12% se consideram em nível alto. “Nossa expectativa é que o investimento nessas tecnologias cresçam acima de 50% na reta final da implementação da lei”, diz Facciolli.
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