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Guerra de preço não é benéfica para as operadoras de celular, afirma executivo da TIM

Luis Minoru, responsável pela estratégia da tele, aponta que melhorar ofertas é o caminho para trazer resultados. Empresa também aposta em big data para otimizar custos.

smartphone pessoaO mercado não está dando trégua para as operadoras de telefonia celular. Com o volume das receitas de voz caindo cada vez mais e o crescimento de dados, as teles tem que lidar com o constante investimento em infraestrutura para manter o nível de satisfação do cliente. Além disso, as operadoras têm que lidar com a concorrência, que pode forçar a queda dos preços. Porém, para Luis Minoru, Chief Strategy Officer da TIM, a guerra de preços não é benéfica para o setor, pois não entrega grandes resultados aos acionistas das teles.

“A guerra não é o nosso desejo”, afirma o executivo. Segundo ele, o serviço de telefonia móvel de dados, é relativamente barato para o consumidor, que paga, em média, R$ 1 para uso diário de 50 MB. “É um custo baixo visto o quanto investimos em tecnologia para melhorar o serviço. Uma guerra de preços baixa ainda mais nossa margem de lucro”, explica.

A saída é a melhorar as ofertas, entregando serviços de valor agregado ao cliente e monetizando de forma diferente. É o caso da parceria da TIM e o Deezer, facilitando a forma de pagamento da plataforma de streaming de música e não cobrando os dados consumidos pelo aplicativo. “Pretendemos desenvolver parcerias parecidas com apps de games”, adianta.

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Big data como fonte de renda

O big data é outra aposta da TIM para otimizar custos e encontrar novas fontes de renda. No primeiro caso, Minoru explica que qualquer uso da rede por um usuário da TIM, seja de voz ou dados, gera uma espécie de ticket que traz a posição do cliente. De acordo com ele, são cerca de 6 bilhões de tickets gerados por dia no país e essa informação é utilizada para definir onde há mais demanda para melhorar cobertura e realizar novas ofertas de canais.

Além disso, essa informação também pode ser utilizada para se ter dados de densidade demográfica de determinado local. Isso foi realizado durante os Jogos Olímpicos Rio 2016, quando as operadoras compartilharam os dados de uso de rede para a prefeitura do Rio de Janeiro, estabelecendo os locais com maior concentração de pessoas a fim de disponibilizar mais veículos para transporte público.

“É possível fazer isso no dia a dia, vendendo a informação de quantas pessoas circulam por determinado local para empresas a fim de realizar ações de marketing, substituindo, dessa forma, as tradicionais pesquisas de campo”, diz Minoru.

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