Software chamado Manpack permite detectar com mais facilidade a posição dos inimigos e evitar ataques-surpresa.
A Indra, empresa global de consultoria e tecnologia, desenvolveu um sistema móvel de defesa eletrônica para soldados rastrearem a posição de sistemas de defesa antiaérea, aeronaves, embarcações ou veículos inimigos. Chamada Manpack, a solução utiliza inteligência artificial (AI) para identificar padrões, operar em locais eletromagnéticos densos e verificar medidas que devem ser utilizadas para colocar em cheque os sistemas do adversário.
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Na prática, o sistema rastreia qualquer sinal de radar e analisa suas características para conhecer como o inimigo utiliza seus sistemas de vigilância e como podem ser neutralizados. Com isso, o soldado pode aproveitar a vulnerabilidade do adversário para entrar em zonas hostis, aproximando-se da área de interesse e coletando informação de inteligência sem ser descoberto.
O produto representa um avanço importante uma vez que é o primeiro que consegue desempenhar tais funções de maneira portátil. Anteriormente, o tamanho e a complexidade dos equipamentos eletrônicos de guerra exigiam instalações em locais físicos, veículos ou outras plataformas. Com a solução da Indra, isso foi reduzido ao tamanho de uma mochila, facilmente transportável por um só homem.
O Manpack também pode trocar informação em tempo real com outras unidades, contribuindo para a criação de uma rede de defesa eletrônica. Também envia dados para o centro de controle, desde que os comandos planejem e supervisem a missão.
Os benefícios atingidos com essa solução estão ligados principalmente ao monitoramento eficaz dos radares inimigos, evitando ataques-surpresa, além de facilitar a atividade das equipes responsáveis por despistar ou enganar os sistemas inimigos, desestabilizando seu sinal.
A Indra tem experiência no setor de defesa eletrônica, no qual compete há mais de trinta anos. A companhia forneceu o sistema completo de defesa eletrônica terrestre utilizado pelo Exército Espanhol e os equipamentos disponibilizados atualmente protegem mais de vinte tipos de plataformas diferentes utilizados por países dos cinco continentes. Aeronaves tão sofisticadas quanto o Eurofighter ou o A400M, helicópteros, fragatas ou os submarinos convencionais mais modernos do planeta empregam sua tecnologia.