Nacional

Internet das coisas é estratégia da Vivo para se tornar mais ‘digital’

Prestadora assina acordo com Faculdade de Engenharia Industrial para fomentar aplicações e pesquisa em IoE.

A demanda por conectividade cresce diariamente, e  nos grandes centros urbanos, a mobilidade exige aplicações e inteligência para superar os desafios comuns de áreas precárias, como transportes e saúde. De olho no mercado de Internet das Coisas (IoE, em inglês), que segundo a Cisco pode movimentar US$ 4,6 trilhões somente em governos, e que pode crescer com investimentos públicos e privados, a Telefônica Vivo falou sobre a estratégia de se tornar uma ‘Telco Digital’, que inclui investimentos em M2M, IoE, redes móveis (3G, 4G), e fibra óptica.

Campus Party 2014: Telefônica Vivo destaca Internet das Coisas e empreendedorismo

Internet de todas as coisas pode gerar US$ 4,6 trilhões para governos

O anúncio foi feito durante a manhã dessa segunda-feira (27), quando a Campus Party 2014 abria as portas para montagem dos estandes e acomodação dos participantes. Essa é a 7ª edição do evento em São Paulo, fora duas que já aconteceram em Recife.

Na ocasião, a operadora assinou um acordo com a FEI (Faculdade de Engenharia Industrial) de São Bernardo do Campo, em São Paulo, para apoiar o desenvolvimento de soluções para IoE, com a criação de um laboratório e bolsas de estudo de Mestrado e Doutorado para fomentar pesquisas nessa área, e o presidente da Telefônica Vivo, Antonio Carlos Valente, garante que “de todos os setores, esse é o mais promissor”.

“Nossa intenção é desenvolver uma ação estruturada para criação de laboratórios que viabilizem uma solução viável para todos os públicos”, destaca o presidente da companhia; Rivana Maria, vice-reitora da FEI, afirma que a parceria permite aos alunos ter acesso a tecnologias de ponta. “A iniciativa é importante, pois sentimos que o potencial de pesquisa dos docentes e discentes são reconhecidos. Nossa expectativa não está só no resultado, mas na expansão do conhecimento”.

Mas, qualquer iniciativa nessa área depende também do lado regulatório, e Valente lembra que a ativação de um chip custa para as operadoras R$ 27, mais R$ 13 por ano por cada chip conectado. “Se não houver uma regulamentação que incentive, o desenvolvimento dessas aplicações será restrito”, lembra.

Redes

Valente também falou sobre as iniciativas da operadora no negócio fixo, com fibra óptica, e em redes móveis 3G e 4G, deixando claro que esse é o foco da prestadora, em longo prazo. “Temos trabalhado para que a base de pré-pago seja saudável e contribuam. Trabalhamos para ser a melhor opção de dados e vamos continuar investindo. Temos capturado uma parcela significativa na base de pós-pago, a que mais usa dados”, ressaltando que a companhia teve dificuldades em instalar o 4G, no início. “Faz 10 meses que instalamos o 4G e no início tivemos dificuldades, principalmente para instalar nos estádios. Agora, temos 2.400 antenas e 4G em 73 cidades”.

Fora isso, o gestor afirmou que existe uma prioridade da telco em trabalhar com governos, que representa oportunidades, principalmente de investir em soluções de prestação de serviços públicos, que podem tornar o dia-a-dia mais simples, a partir da conectividade, e exemplificou: “soluções para controle de pedágio, saúde, gestão de tráfego. Aplicações aparecem todos os dias para o segmento empresarial e o massivo”.

Dentro da estratégia de cloud, a companhia lançou o Vivo Sync, que permite armazenar dados na nuvem da companhia por R$ 5,99 a R$ 35,99 mensais, por qualquer dispositivo, inclusive desktops. O serviço também permite compartilhamento com redes sociais, e pode ser contratado pelo site (vivosync.com.br) ou por SMS (SYNC) para 1515, e a cobrança será feita na fatura ou descontada dos créditos do usuário.

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