Em 2013, apenas 5% das informações úteis por dispositivos conectados foram analisadas.
O surgimento de tecnologias sem fio, tecnologias definidas por software e produtos inteligentes tomam um papel central no aumento do volume de dados, que entre 2013 e 2020 pode passar de 4,4 trilhões de gigabytes para 44 trilhões, número que será motivado por aplicações ligadas a sensores, iniciativa conhecida como Internet das Coisas, informou a EMC no estudo sobre oportunidades no Universo Digital.
Tráfego de dados pode conduzir mudanças em 2014
Segundo a companhia, uma família média cria dados suficientes para preencher 65 iPhones (32gb) por ano, e em 2020 esse número crescerá para 318 iPhones, e compara: “Se um byte fosse do tamanho de um galão de água (cerca de 4,5 litros), em 10 segundos os dados seriam suficientes para encher uma casa média. Em 2020, isso acontecerá em 2 segundos”.
A conexão dará as coisas o poder de receber dados automaticamente e gravar essas informações. Com um sensor no sapato controlando a velocidade da corrida, por exemplo, iniciativas inteligentes podem ser tomadas por indústrias. Em 2013, apenas 22% das informações geradas por dispositivos conectados consideradas úteis, e menos de 5% foram de fato analisadas. Até 2020, mais de 35% de todos os dados poderão ser considerados úteis, mas dependerá das empresas colocá-los em uso.
De acordo com a IDC, o número de dispositivos ou coisas que podem ser conectados à Internet se aproxima dos 200 bilhões, com 7% (ou 14 bilhões) se comunicando pela própria rede. Os dados dos dispositivos conectados representam 2% dos dados gerados globalmente, e a consultoria estima que até 2020 o número de dispositivos alcançará 32 bilhões – representando 10% dos dados mundiais.
Esse fenômeno novos métodos de interatividade com os clientes, otimizando ciclos de negócios e reduzindo os custos operacionais, uma oportunidade trilhonária de negócios. Por outro lado, as empresas precisarão gerenciar, armazenar e proteger o volume e diversidade de informações. Por exemplo, a IDC estima que 40% dos dados no Universo Digital exigem um nível de proteção, desde rigorosas medidas de privacidade até dados criptografados, e apenas 20% dessas informações estão atualmente protegidas.
Mercados emergentes
Atualmente, 60% dos dados são atribuídos a mercados maduros como Alemanha, Japão e Estados Unidos, mas até 2020 a porcentagem vai mudar, e os emergentes, como Brasil, China, Índia, México e Rússia motivarão esse aumento.
Em 2014, o Brasil representará 3% do total de volume de dados do mundo, com 212 Exabytes. Até 2020, o volume de informações digitais chegará a 1.600 Exabytes, atingindo 4% do percentual mundial, por causa do aumento continuo de smartphones, internet e redes sociais, e do investimento em TI por parte das empresas latino-americanas para avançar na concorrência com outras regiões emergentes; além da redução no custo da tecnologia que captura, gerencia, protege e armazena informações; e o crescimento da comunicação M2M (maquina a maquina) e das informações sobre informações.
A Internet das Coisas deve contribuir para o crescimento do Universo Digital brasileiro. Os sistemas integrados de tecnologia automática representarão 10% do volume total de dados do país até 2020, qe em 2013 esse percentual foi de 2%. O investimento motivará a criação de novos modelos de negócios, geração de informações em tempo real sobre sistemas de missão critica, diversificação de fluxo de receita, visibilidade global de operações internas, e operações inteligentes e eficientes.
Outro aspecto apontado no Estudo é que mais de 40% das informações do Universo Digital brasileiro, que precisam de proteção, não são protegidos.
A EMC afirma, ainda, que os dados ultrapassam o armazenamento, que tem crescido devaga nesse ambiente. Em 2013, a capacidade de armazenamento disponível comportaria apenas 33% do Universo Digital. Até 2020, ela será capaz de armazenar menos de 15%. A maioria dos dados mundiais é temporária (como fluxos de Hulu ou Netflix, interações em jogos do Xbox ONE, TV digital) e não exige armazenamento.
No entanto, o volume de dados na nuvem dobrará: em 2013, menos de 20% dos dados estavam na nuvem, e até 2020, essa porcentagem chegará a 40%. Dois terços dos bits do Universo Digital são capturados por consumidores e trabalhadores,mas as empresas têm responsabilidade por 85% deles.