As soluções da Kaspersky detectaram e impediram mais de 5,8 milhões de ataques de malware e softwares indesejados disfarçados de jogos populares para computadores, entre o terceiro trimestre de 2020 e o segundo trimestre de 2021.
Os dados são do último relatório de ciberameaças para games da Kaspersky, que colocou o Brasil como a segunda nação mais afetada por essa ameaça. O país mais afetado por esse tipo de golpe é a Rússia. A Índia aparece em terceiro lugar, seguida por México e Irã.
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De acordo com a Kaspersky, o aumento de ataques relacionados a jogos de PC chegou a 66%, quando comparado o primeiro trimestre de 2020 com o segundo daquele mesmo ano. O aumento pode estar relacionado ao rápido crescimento do mercado de jogos eletrônicos durante a pandemia.
A indústria de videogames teve um crescimento sem precedentes nos últimos 18 meses, em parte porque os usuários foram forçados a encontrar meios alternativos de entretenimento estando em casa. A expectativa é que a demanda por jogos continue e a indústria cresça ainda mais, chegando a US$ 175,5 bilhões no final de 2021.
O crescimento das ameaças visando games de celular cresceu ainda mais. O número de jogadores afetados cresceu 185% no início da pandemia, de 1.138 em fevereiro de 2020 para 3.253 em março do mesmo ano. O índice diminuiu apenas 10% no segundo trimestre de 2021.
Games mais usados para atingir vítimas
Com relação aos jogos populares mais usados para disfarçar as campanhas de malware e distribuição de softwares indesejados, o Minecraft lidera tanto na categoria PC, quanto nos dispositivos móveis. Esta popularidade esmagadora é explicada pela existência de várias versões e mods (modificações adicionais que podem ser instaladas sobre o jogo para diversificá-lo e melhorar a experiência).
De julho de 2020 a junho de 2021, foram distribuídos 36.336 arquivos disfarçados de Minecraft. Isso afetou 184.887 usuários de PC e resultou em 3.010.891 tentativas de infecção, quase metade dos arquivos e ataques detectados durante o período.
A maioria dos arquivos distribuídos usando games como isca eram adware e downloaders – programas capazes de baixar outro software nos dispositivos infectados. Ocasionalmente, tanto os jogadores de PC quanto os de dispositivos móveis encaram ameaças mais sérias, como trojans stealers, projetados para roubar informações sobre criptomoedas e de contas, trojans bancários e até mesmo backdoors.
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