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KPMG: apenas 23% das empresas de energia e recursos naturais utilizam análise de dados como estratégia

Apenas 23% das empresas da área de energia e recursos naturais ouvidas pela KPMG capturam, integram e armazenam dados com a finalidade de obter uma visão ampla de clientes, concorrentes, do próprio setor e de outros. Para cerca de 19% delas, a estratégia de uso de análise de dados é fundamental para administrar os negócios. Essas são as principais conclusões do relatório “Nos trilhos da jornada digital” que tem como objetivo mostrar de forma inédita como essa a indústria está lidando, na era pós pandemia, com temas como a digitalização, uso de novas tecnologias e de dados. O estudo contou com a participação de executivos de mais de 50 companhias dos segmentos de petróleo e gás, metais e mineração e utilidades públicas.

 

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Segundo a pesquisa, 21% dos entrevistados usam técnicas avançadas de modelagem para permitir visões futuras, aprimorando a automação, a medição de desempenho e apoiando a tomada de decisão. Além disso, 17% deles dizem inovar com soluções digitais, automatizando os processos de negócios e tecnologia, com o objetivo de se tornar mais eficaz nas respostas às necessidades dos clientes e partes interessadas. Ao mesmo tempo, outros 17% aproveitam a automação e os dados para gerenciar proativamente a tecnologia.

“Estes resultados demonstram que há um espaço enorme para que a indústria caminhe na direção da geração 4.0. As empresas estão atentas às tendências de boas práticas, embora ainda possam aprofundar alguns processos e procedimentos disruptivos. Cada vez mais, a coleta, o uso e a análise de dados serão fundamentais para entender os clientes, os produtos, os parceiros, ou seja, são essenciais ao delineamento de estratégias. Hoje, as companhias estão começando a valorizá-los a partir dessa perspectiva, mas ainda temos um caminho a trilhar”, analisa o sócio-líder do setor de energia e recursos naturais da KPMG, Anderson Dutra.

Mais atenção aos riscos e aos clientes

Segundo o estudo, 19% das empresas estão levando em conta as avaliações de risco e os impactos ao cliente e às partes interessadas durante o gerenciamento de ativos. A publicação mostrou ainda que outros 23% dos entrevistados afirmam dispor de um conjunto de soluções tradicionais e digitais integradas que dá suporte às necessidades dos clientes. Além disso, 17% dos entrevistados apontaram que pretende inovar com soluções digitais, automatizando os processos de negócios e tecnologia com o objetivo de se tornar mais eficaz nas respostas às necessidades dos clientes e partes interessadas.

“Com relação às questões de risco, o resultado da pesquisa foi fruto de acontecimentos relevantes, como acidentes com barragens, escândalos de corrupção, entre outros e representa uma mudança de comportamento nos últimos cinco anos. Já sobre os clientes, embora os segmentos contemplados tenham pouca relação direta com o consumidor final, as empresas devem empenhar em olhar mais atentamente para temas como inovação e geração de valor. É preciso reconhecer a importância do foco no cliente, colocando-o no centro da estratégia, mas para tanto, é preciso entendê-lo, fazendo com que os dados sejam absolutamente cruciais ao negócio”, finaliza o sócio.

Sobre a pesquisa:

Do total dos executivos entrevistados, 59,6% deles estão situados no Rio de Janeiro, 28,8% em São Paulo, 5,7% no Rio Grande do Norte, 3,8% no Rio Grande do Sul e 1,9% no Maranhão. Quantos aos cargos, mais de 65% ocupam alguma posição gerencial (32,6% têm cargo de gerente, gerente sênior ou gerente executivo) ou na diretoria (30,7% são diretores).

Com relação aos segmentos de atuação, exploração e produção em óleo e gás (28,8%), distribuição em óleo e gás (15,3%), serviços no campo de petróleo (15,3%), geração de energia e utilidades públicas (9,6%), comercialização na área de energia e utilidades públicas (9,6%), utilidades públicas (7,6%), transmissão de energia e utilidades públicas (5,7%), refino de óleo e gás (3,8%), mineração (1,9%), siderurgia e metalurgia (1,9%).

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