Análise Setorial

Maioria das empresas ainda bloqueia redes sociais

ImageIBM constata que 54% das companhias ainda não permitem qualquer acesso a sites de relacionamento. No entanto, empresas reconhecem que o sucesso depende do conhecimento compartilhado com todo ecossistema.

O CIAB Febraban teve como tema, nesta edição, a Geração Y. Em torno disto, as agências financeiras apresentaram seus programas com foco em redes sociais.

Mauro Segura, da IBM, afirmou que a companhia fez um estudo global, com mais de mil CIOs, sobre a “empresa do futuro”. Segundo o executivo, as corporações estão sedentas por mudanças e serão inovadoras além da imaginação dos clientes. Com isto, estas mudam seus modelos de negócios constantemente e não veem a cidadania como algo filantrópico. “A grande capacidade de inovação das empresas está, propriamente, dentro delas”, complementou ele.

 
Com isto, Segura concluiu que as companhias já reconhecem que o sucesso depende do conhecimento compartilhado com todo ecossistema. Logo, a utilização das redes sociais torna-se cada vez mais aparente e eficaz. “As comunidades são cada vez mais evidentes dentro de cada empresa e as
pessoas querem colaborar, falar e serem ouvidas”, explicou.
 
Entretanto, as redes sociais nem sempre podem ser consideradas boas, pois a empresa ainda não tem condições de controlar as que são livres para uso pessoal e profissional. Isto implica que pode ser benéfico para a companhia ou maléfico, pois estas acabam sendo o reflexo dos funcionários, logo, refletem, basicamente, a empresa em si.
 
Dados apresentados na palestra revelaram que 54% das empresas bloqueia todo e qualquer acesso às redes sociais; 19% permite uso para fins profissionais, 16% libera, mas com restrições, e apenas 10% das companhias deixam seus funcionários usarem livremente. 1% dos 1400 CIOs entrevistados não soube responder.
 
As empresas alegam que ainda é muito difícil manter uma ordem com as redes sociais, pois estas, quando livres, geram caos e diminuem a produtividade no trabalho. Por isto, as diretorias controlam todo tipo de comunicação interna e externa dos funcionários. Em contraponto, um estudo, não revelado na palestra, indica que algumas companhias registraram melhora de 9% no serviço de seus empregados com o desbloqueio dessas redes.
 
De acordo com Segura, a solução adotada por algumas corporações foi criar os meios de redes intraempresariais, o que deixa a comunicação interna das empresas extremamente fechada. Contudo, a IBM criou, em 2005, um guia de uso das redes sociais e começou a permitir o uso de blogs (feitos a partir do site da empresa). Em um ano, a grande comunidade técnica da companhia começou a usufruir mais destes novos meios de comunicação.
 
“Há melhora na produtividade dos funcionários, contudo, ainda há medos, riscos e mitos na implementação das redes sociais nas empresas”, finalizou.
 

 

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