Na abertura do Futurecom Digital Week, versão digital do principal congresso do setor de TIC da América Latina que começa hoje (26/10), o ministro da Ciência, Inovação e Tecnologia, Marcos Pontes, destacou as ações da pasta para incentivar o desenvolvimento da tecnologia no País. A principal iniciativa é a Estratégia Nacional de Internet das Coisas, que levou a criação de câmaras setoriais para incentivar projetos no setor.
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“Lançamos quatro câmaras temáticas: Agro 4.0, Saúde 4.0, Indústria 4.0 e Cidades Inteligentes e, na semana passada, a Câmara de Turismo 4.0, para usar a tecnologia na recuperação da área, impactada pela pandemia, e impulsionar seu crescimento”, diz Pontes. A intenção dessas câmaras, segundo ele, é reunir diferentes participantes do mercado para identificar gargalos, debater soluções e propor mudanças. Elas também contam com editais de investimento em projetos.
Outro ponto destacado foi o Conecta Startup, um programa do ministério para incentivar o empreendedorismo na tecnologia ao promover um ecossistema de inovação, conectando startups com outras empresas. Segundo o site da iniciativa, o programa oferece capacitação e investimento de até R$ 200 mil.
Pontes também comentou sobre as discussões e planos que o MCTI vem fazendo. Um exemplo foram as conversas com o Ministério da Economia para desonerar dispositivos IoT “que não tem contato com humanos”, ou seja, separando estes de smartphones e máquinas de pagamento (POS). A discussão não é nova e no próprio Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA) de 2021, o governo federal abre mão de R$ 149 milhões em tributos sobre a IoT.
“Apesar das restrições orçamentárias, temos usado empresas ligadas ao ministério (como a Finep e a Embrapii) para criar editais de incentivo à tecnologia. O Brasil tem grande capacidade de desenvolvimento científico e tecnológico e precisamos incentivar o setor”, destaca Pontes.
Inteligência artificial ajuda a encontrar medicamento contra coronavírus
O ministro aproveitou sua apresentação para falar do nitazoxanida, um medicamento que o Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM) identificou capaz de combater a covid-19 após realizar estudos com inteligência artificial em 2 mil fármacos. A descoberta foi anunciada na última sexta-feira (23/10) com a divulgação prévia de um artigo científico.
Pontes apontou que o medicamento conseguiu reduzir a carga viral do novo coronavírus em cinco dias, na comparação de pacientes do grupo tratado com nitazoxanida quando comparado ao controle. Após sete dias do fim do tratamento, ele apontou que a maior parte dos pacientes já não apresentavam mais sintomas.
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