Destaque para os softwares de segurança básica, que representam atualmente 65% do mercado, e de gerenciamento de identidade, que tem previsão de crescimento de 15% entre 2008 e 2013.
De 2008 a 2013, o crescimento anual médio do segmento de software de segurança no Brasil será de 13%. Esse é um dos resultados do estudo Brazil Semiannual Security Software Tracker que acaba de ser concluído pela IDC Brasil. Outro dado importante do estudo é que os softwares para proteção contra vírus, spyware, spam, hackers e invasões (Secure Content and Threat Management) representam hoje 65% do mercado de segurança de software do País. Ainda de acordo com o estudo, esse mesmo segmento movimentou em 2008 mais de US$ 150 milhões.
“A crise afetou o crescimento do setor em 2009, mas a média de 13% ao ano projetado de 2008 a 2013 no Brasil mostra que o desempenho foi positivo e que o mercado brasileiro tem ganhado importância no cenário mundial, crescendo rápido e mais do que a média mundial”, diz Samuel Carvalho, analista de mercado de Software da IDC Brasil.
Segundo ele, a necessidade de se precaver das ameaças que se renovam constantemente e a vulnerabilidade que os sistemas mais conectados à Internet representam fazem da segurança uma das prioridades em TI. “Enquanto os usuários finais procuram softwares básicos, como antispam e antivírus, os corporativos investem em soluções mais sofisticadas, como os softwares de gerenciamento de acesso e de identidades e gerenciamento das políticas de segurança”, explica o analista.
O estudo mostra também que os setores financeiro, de telecomunicações e de manufatura foram os responsáveis por metade dos investimentos em segurança de TI em 2009. O governo, que está na sétima posição, destina a estes softwares uma porcentagem menor do orçamento de TI que a média dos países da América Latina.
De acordo com o analista da IDC, a adequação a regulamentações como SOX, PCI e nota fiscal eletrônica, por exemplo, a melhoria e modernização da infraestrutura de TI e de sistemas e a governança de TI foram as três maiores prioridades das empresas em 2009. “No próximo ano, com os requisitos das regulamentações já resolvidos pelas empresas, a governança e a infra-estrutura de TI devem guiar os investimentos corporativos em segurança”, diz Carvalho.
“Quanto maior a empresa, maior a preocupação com as ameaças internas, como o uso indevido das informações corporativas pelos funcionários. Soluções mais avançadas, como gerenciamento de identidade e de acesso, devem representar o segmento de maior crescimento nos próximos anos, por volta de 15% ao ano até 2013. A prevenção à perda de dados também tem despertado a atenção das empresas ao desenvolver e implementar políticas de segurança”, diz Carvalho, destacando que as soluções de Secure Content e Threat Management devem continuar sendo as mais representativas.
Finalmente, o estudo mostra que a crescente importância do Brasil no cenário mundial tem atraído a atenção de novos players do setor, que vêem oportunidades e avaliam o investimento em presença direta no mercado local. "Com o acirramento da concorrência, os preços baixaram e esses tipos de softwares tendem a se tornar mais acessíveis, principalmente, aos usuários domésticos."