Estudos da PricewaterhouseCoopers apontam para a necessidade das empresas gerenciarem as mudanças como uma atividade que pode ser medida e aprimorada.
A última edição do Technology Forecast, publicado pela PricewaterhouseCoopers, continua explorando o tema ‘agilidade empresarial’ como algo muito importante a ser adotado pelas organizações a fim de se manterem competitivas e sobreviverem a essa crise econômica global de amplas proporções.
A estratégia empresarial antecipa o futuro e busca a agilidade, mas a operação, via de regra, é padronizada e desenhada para ser eficiente e consistente. Estratégia requer extrema flexibilidade em tomadas de decisão e muda com frequência, enquanto as operações precisam de um tempo considerável para serem alteradas. Portanto, existe uma grande distância entre estratégia e operação. Esse abismo é a primeira barreira para a agilidade, porque as mudanças na estratégia não conseguem produzir reflexos nas operações em tempo hábil e, por isso, as operações não estão sempre alinhadas com a intenção estratégica.
Os estudos da PricewaterhouseCoopers apontam para a necessidade de as empresas gerenciarem as mudanças, que se apresentam em ritmo cada vez mais acelerado, como gerenciam qualquer outro processo de negócio: como uma atividade que pode ser medida e aprimorada. As mudanças devem ser tratadas como transações, não como projetos especiais.
Segundo o sócio da PwC-Brasil, Ricardo Neves, várias empresas de tecnologia já identificaram a oportunidade de oferecer ferramentas que proporcionem a agilidade exigida pelas estratégias empresariais e estão criando soluções que atuem entre elas e a operação, não requerendo nem a substituição nem a alteração de ERP’s e de outros sistemas operacionais. Grandes fornecedores de software, como a IBM, a Oracle e a SAP já dispõem de algumas ferramentas relacionadas a essas soluções.
Entre os exemplos citados no Technology Forecast, figura a start up E2Open, uma espécie de hub que pode ser inserido em uma Cadeia de Valor e que dá visibilidade a todas as informações de estoques, produção e capacidade dos participantes, independentemente dos sistemas e tecnologias que utilizem, permitindo estratégias mais flexíveis de suprimento e de precificação de acordo com a variação das demandas do mercado.
No entanto, grandes empresas, como a Amazon.com, também desenvolveram iniciativas importantes: o site da Amazon faz constantes experiências em que são testadas as reações dos clientes a novas facilidades, combinações de produtos ou descontos; os sistemas que suportam a operação do site estão preparados para serem alterados constantemente de acordo com as conclusões das análises dessas experiências.
De acordo com a PricewaterhouseCoopers, a agilidade empresarial se caracteriza por encontrar o equilíbrio entre padronização (rigidez) e flexibilidade. Os mercados já demonstraram inúmeras vezes como as condições podem mudar rápida e radicalmente. Buscar uma forma de traduzir imediatamente uma mudança da estratégia em processos e atividades embutidos nas operações pode ser um diferencial que assegure a sobrevivência – e até a liderança – no dinâmico ambiente de negócios em que atuamos.