Banda LargaFuturecom 2022

Monetização, o grande desafio das operadoras com 5G

O início das operações das redes 5G no Brasil despertou grande interesse de usuários finais e de setores chaves da economia local. O desafio das telecomunicações, no entanto, é a monetização dos provedores de serviços, que vinha registrando perdas nos serviços tradicionais de voz e dados nos últimos anos e deve assistir a uma queda ainda mais acentuada, caso não promovam uma alteração significativa no modelo de negócios.

 

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Debate promovido durante do Futurecom 2022, com operadoras entrantes, como V.Tal, Winity e a Brisanet, e com a presença da Amdocs, mostrou que a monetização é uma preocupação das empresas do setor, apesar de já haver ensaios de novos serviços em setores econômicos que podem se beneficiar da velocidade e da latência oferecidos pelo 5G.

Exemplos como as aplicações desenvolvidas pelo Hospital das Clínicas de São Paulo (Saúde) e as iniciativas para atender ao Agronegócio foram apontadas como alternativas que podem ser adotadas pelas organizações, contando com o apoio das telcos. Ou seja, as telcos precisarão intensificar a oferta de aplicações verticalizadas para evitar a perda de receitas para aplicativos que exploram o potencial das redes de dados, como WhatsApp e os serviços de streaming, por exemplo.

“Com o 5G, as operadoras também têm grande oportunidade de negócios atendendo a grandes eventos, como a instalação de redes em espaços com grande densidade de usuários, como estádios e autódromos”, diz Jucelle Biagioli, customer Business Executive na Amdocs.

Outro segmento com grande potencial de monetização, segundo Jucelle, é a entrega do serviço de rede móvel de alta velocidade cobrindo a ausência a das redes de fibra óptica nas regiões desassistidas por este serviço.

O sucesso desta oferta, porém, depende dos roteadores fixo-móvel, que precisam de custos mais acessíveis. Jocelle lembra que estes dispositivos são comercializados em solo nacional ao custo variante entre R$ 1500 e R$ 1.600 R$ aqui no Brasil. “A hora que isso aqui estiver custando R$ 700, a oferta começa a se viabilizar como serviço de massa”, diz a especialista da Amdocs.

“É como usar o sinal do celular como fixo. Por isto, chamamos de Fixed Wireless Access . Acho que este é um mercado em que a telecom vai conseguir monetizar, principalmente”, comenta Jocelle. Segundo ela, a aposta é que estes equipamentos passem a ser produzidos em escala no Brasil, para que o custo seja reduzido.

CPE 5G, Roteador Wi-Fi 6 Mesh

Uma das iniciativas nesta área parte da Intelbras, que apresentou, em agosto, a CPE 5G, Roteador Wi-Fi 6 Mesh, desenvolvida em parceria com a Qualcomm Technologies. As duas empresas celebraram acordo em 2021, e prometem colocar o equipamento no mercado ainda neste segundo semestre de 2022.

O CPE 5G (Customer Premises Equipment) é uma das soluções ideais para diversos casos de uso do 5G, principalmente em FWA (Fixed Wireless Access), já que proporcionará alta qualidade de conectividade, velocidade e latência semelhantes à fibra ótica, sem precisar de cabeamento e instalação na última milha (last mile).

A tecnologia 5G FWA vem sendo chamada de Wireless Fiber (Fibra pelo Ar), a qual proporcionará a oferta de serviços avançados para residências e escritórios como, por exemplo, streaming de vídeo em 4k/8k, dispositivos de internet das coisas (IoT), jogos online com baixíssima latência, aplicações de realidade virtual, entre outros.

“A Intelbras tem alta capacidade técnica de desenvolver e fabricar produtos inovadores e de acordo com as necessidades do mercado. Nossa marca tem presença em 98% dos municípios brasileiros com potencial de consumo de eletrônicos e somos reconhecidos pelo amplo atendimento ao cliente”, explica Amilcar Scheffer, Diretor da unidade de redes da Intelbras.

“Temos um relacionamento longo e próximo com os ISPs (Provedor de Serviços de Internet) e operadoras de comunicação, essas são características próprias que vão permitir que a Intelbras facilite a pulverização das tecnologias Wi-Fi e 5G no país”, complementa o executivo.

A novidade também beneficiará os usuários corporativos, que poderão usufruir de uma rede que opere com maior capacidade e velocidade, além de aumentar a eficiência e permitir que os dispositivos de access-points suportem mais clientes em ambientes de alta densidade, proporcionando melhor experiência na rede sem fio como um todo.

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