Seprosp apresentou reajuste de 7%, que não foi aceito. Contraproposta do Sindpd será analisada pelo sindicato das empresas.
O aumento salarial para os profissionais de TI do Estado de São Paulo permanece indefinido. Não houve acordo entre o Sindpd, que representa os trabalhadores, nem o Seprosp, representante das empresas, durante a terceira rodada de negociação, que ocorreu ontem (20/1). Na ocasião, o sindicato dos empresários apresentou oferta de reajuste de 7% parcelada em duas vezes (a primeira em janeiro e a segunda em julho). O Sindpd fez contraproposta de 11,28%.
Para o presidente do Sindpd, Antonio Neto, não é possível considerar a proposta, que ele considera não se aproximar das condições aceitáveis para um processo negocial. “Não a conversa sem a reposição da inflação, isto é inegociável”, afirma.
Segundo ele, a diretoria do sindicato se reunirá hoje para debater os rumos da negociação salarial e é possível que ocorra greve. “As manifestações da categoria que chegam ao Sindicato são unânimes no sentido de decretarmos a greve. Caso não ocorram avanços, este será o caminho inevitável”, diz.
Do lado do Seprosp, Luigi Nese, presidente do sindicato, diz que a contraproposta do Sindpd será analisada. De acordo com ele, a instabilidade econômica e política pela qual o País passa diminui a confiança das empresas com o futuro. “Não sabemos qual será o futuro da economia e as empresas precisam manter seus contratos de serviços e contratuais. Isso tudo deve ser avaliado antes de estipularmos um aumento”, diz.
Neve não acredita que ocorra uma possível greve. “Não cogitamos isso, pois levaria uma discussão judicial. Do nosso lado, analisaremos a contraproposta e partiremos para uma próxima negociação”, afirma.
A previsão é que a quarta rodada de negociação seja realizada entre os dias 27 e 29 de janeiro.