Novo cliente pode aumentar o business em 40%.
Sem divulgar detalhes do acordo que será, em breve, selado com uma das quatro líderes do mercado de telecom no Brasil: Oi, Claro, TIM ou Vivo, a Openet negocia a oferta do software ‘Policy’, que permitirá integrar políticas de gerenciamento de acordo com o plano contratado pelo usuário final, que pode levar o business da empresa que atua com sistemas em tempo real a aumentar 40% no Brasil.
WiFi offload inteligente é aposta da Openet na América Latina
“O Policy da OpenNet é o primeiro do mundo virtualizado. No mundo de TI a virtualização é comum, no de engenharia não é”, comenta Antonio Junior, vice-presidente de vendas e desenvolvimento de mercado da Openet e ressalta que a vantagem competitiva é a otimização de tempo e customização de ofertas.
Os softwares da Openet seguem um padrão aberto para comunicação com sistemas de outros fabricantes, inclusive de pagamentos, e permite investir na oferta personalizada. “Com um serviço de roaming para dados, por exemplo, a empresa pode deixar que o usuário contrate o plano direto do aparelho, sem precisar ligar no call center”, comenta Junior.
No caso das redes, uma das soluções faz uma leitura inteligente das antenas antes de fazer o offload, “isso evita à prestadora jogar o usuário do 3G, 4G em uma hotspot WiFi congestionado”, explica.
Os softwares usam informações em tempo real. No Brasil, um dos produtos comercializados pela empresa é o Dinamic Services, para medição e interação inteligente entre as operadoras e o usuário final. Uma nova versão foi lançada durante o Mobile World Congress, em Barcelona, no mês de fevereiro.
Crescimento no Brasil
A irlandesa atua globalmente com provedores de serviços de telecom e tem presença forte na Europa e Estados Unidos, mas com clientes na Ásia-Pacífico, EMEA, e na América Latina enxerga um mercado com boas chances de crescimento em longo prazo.
“As operadoras da América Latina estão começando a investir em 4G e a enxergar as vantagens de ofertas personalizadas para os seus clientes. Por isso, há possibilidade de crescimento no mercado local”, justifica Junior.
No Brasil, a atuação é com a Nextel e CTBC, e no ano passado integrou uma plataforma de software responsável pela mediação de sistemas da Nextel. “Apesar de ser uma das plataformas é muito importante, pois faz o meio de campo com os outros sistemas como Ericsson, Huawei, NSN,etc”, comenta.
Mesmo com uma equipe pequena no Brasil e um time focado em iniciar uma estratégia comercial para captar mais negócios no mercado local, em longo prazo, a estimativa é de crescimento. A empresa compete com grandes, como Huawei, Oracle e Ericsson, que têm em seu portfólio softwares que podem ampliar a oferta de serviços.
Na América Latina, o México é o segundo principal mercado da empresa, que atua com a América Móvil, do bilionário Carlos Slim.