Somente em 2010, 372 municípios receberam serviços 3G; Do total de cidades, 386 já apontam concorrência acirrada.
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Rede privada já atende 97 das 100 cidades selecionadas pelo PNBL
A Associação Brasileira de Telecomunicações (Telebrasil) divulgou um levantamento a respeito da cobertura de banda larga no País que revela que a competição no segmento, com pelo menos duas operadoras, já acontece de maneira efetiva em 1.059 cidades. Este total já representa 68% da população com acesso à internet rápida, ou seja, 131 milhões de pessoas.
Segundo a Telebrasil, mesmo com os obstáculos para a massificação da internet no País, como altos impostos e entraves quanto à liberação de novas frequências, a concorrência já é acirrada em 386 cidades, nas quais mais de 3 operadoras oferecem os serviços.
Para a entidade, a concorrência no setor de banda larga no Brasil avançou significativamente desde 2008 com a oferta do serviço pela terceira geração (3G) da telefonia celular. Hoje, 1.083 cidades já têm estas redes operando em alta velocidade. Somente em 2010, 372 municípios receberam implantação de cobertura 3G.
A evolução da banda larga no Brasil pode ser comprovada também pelo número de clientes dos serviços das prestadoras privadas que já ultrapassam 30 milhões em todo o Brasil. Desse total de acessos, 12,3 milhões são de banda larga fixa e 17,7 milhões de rede móvel, entre modems de conexão à Internet e smartphones.
PNBL
Foi divulgada em agosto a lista das 100 primeiras cidades que serão atendidas pelo Plano Nacional de Banda Larga (PNBL). Segundo o Telebrasil, o que se constatou foi a presença da iniciativa privada em 97 cidades, sendo que em 66 delas já há competição, com duas ou mais prestadoras oferecendo conexão de internet em alta velocidade.
O PNBL inclui cidades com alto Índice de Desenvolvimento Urbano (IDH) e deixa de fora municípios que apresentam baixa pontuação nesse indicador.
Para criar condições de se ampliar ainda mais a competição, o Sindicato Nacional das Empresas de Telefonia e SMP (Sinditelebrasil) reitera a necessidade da criação de condições para a entrada de novas prestadoras no mercado de TV a cabo. Segundo a entidade, isto acelerará a oferta de banda larga via fibra ótica, que permite velocidades mais altas, além da retomada do processo de concessão de outorgas desses serviços, paralisado desde 2000.
Além disso, a entidade alerta para a necessidade de liberação dos recursos dos fundos setoriais de telecomunicações, que já recolheram aos cofres públicos mais de R$ 36 bilhões, desde 2001, e quase nada foi utilizado em benefício do usuário dos serviços de telecomunicações.
*Informações da Telebrasil.