Projetos de infraestrutura móvel só estarão completos até 2018, diz pesquisa.
Não é novidade que as operadoras móveis no Brasil têm deixado a desejar na qualidade dos serviços prestados ao consumidor, e o órgão regulador do Brasil, a Anatel, tem cobrado mais qualidade – chegando a proibir vendas de chips, e enrijecer as regras para que os índices de reclamações nos órgãos de defesa ao consumidor, ao menos caiam.
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Imagina na Copa? A questão que se adéqua a qualquer tipo de serviço prestado no e pelo País foi o tema central de um levantamento da Infonetics, que concluiu: os serviços móveis no Brasil não estão preparados para receber o evento da Fifa.
Um dos motivos destacados pela empresa é que o país têm estações radiobase insuficientes para suportar os serviços móveis (downloads e uploads) dos atuais usuários, que chegam a 276 milhões. Imagina dos visitantes? Outro destaque foi a velocidade das conexões móveis, que ainda é baixa, e chega a 1.4 Mbps.
O informativo destaca que o Brasil também está engatinhando no 4G – que superou 1 milhão de acessos em 2013 – mas os gastos com a tecnologia chegaram a US$ 96 milhões no período. Enquanto isso, com 3G, as prestadoras gastaram US$ 278 milhões.
“Embora o país seja grande e tenha influência econômica, a infraestrutura móvel é modesta em tamanho, com um total de 60 mil estações de radiobase instaladas, até o início do ano passado. Só para comparar, a AT&T, nos Estados Unidos, teve esse total de equipamentos”, afirmou Stéphane Téral, principal analista de infraestrutura móvel da Infonetics.
“O Brasil tem muitos problemas, inclusive com suas ‘raízes anti-Copa do Mundo’, e os de infraestrutura; e no meu ponto de vista, eles possivelmente não estarão prontos – no quesito móvel – faltando quatro meses para o evento”, adicionou Stéphane. “Eles instalaram alguns sistemas de antenas em estádios, e até então, tudo bem. Mas, existem poucas antenas nos bairros, como ao redor do Marcanã, no Rio, para suportar o tráfego móvel e impedir congestionamentos. Em Jacarepaguá, por exemplo, existem 24 estações – e boa parte dos que visitarão as Olimpíadas, em 2016, ficarão lá. O Brasil tem muito trabalho pela frente”, concluiu. A empresa ressaltou que espera que os projetos de infraestrutura móvel avancem até 2016, e se tornem projetos completos de infraestrutura, pelo menos até 2018.