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A partir de 28 de fevereiro de 2025, será possível realizar pagamentos utilizando Pix por aproximação, permitindo que os usuários efetuem transferências e quitem contas apenas aproximando seus dispositivos móveis das maquininhas de cartão. Além disso, desde 3 de fevereiro, os boletos passaram a contar com um QR Code específico, que acelera a compensação e simplifica o processo para os pagadores.
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O pagamento por aproximação utiliza a tecnologia NFC (Near Field Communication), já presente em diversos smartphones e smartwatches. Com essa inovação, a transação ocorre sem a necessidade de abrir o aplicativo bancário – basta aproximar o dispositivo da máquina de pagamento para concluir o processo.
O recurso já vinha sendo operado desde novembro em testes envolvendo alguns bancos e iniciadoras de transação de pagamento, as ITPs. Com a entrada oficial em vigor, embora a inclusão do Pix por Aproximação em aplicativos de bancos e wallets não passe a ser obrigatória, os players que não oferecerem a facilidade para seus clientes ficarão para trás da concorrência.
“A introdução do pagamento por aproximação e a integração com boletos reforçam essa revolução, tornando as transações ainda mais simples e eliminando barreiras convencionais. Essas inovações não apenas melhoram a experiência do consumidor, mas também promovem a digitalização dos pagamentos e reduzem custos operacionais para empresas de diversos portes”, explica Luiz Guardieiro, Diretor de Receita da Portão 3 (P3), plataforma de gestão de despesas corporativas.
Bruno Loiola, cofundador da Pluggy, fintech que oferece soluções de pagamentos e dados financeiros para empresas por meio do Open Finance, destaca que a repercussão da novidade é mais visível no varejo, mas vai muito além, podendo impactar até mesmo o transporte público.
Maior agilidade nas transações presenciais. No varejo físico, o Pix por Aproximação reduzirá o tempo necessário para pagamentos, eliminando a necessidade de escanear QR Codes ou digitar chaves Pix. “Atualmente, há grande fricção no momento de pagar com Pix: o consumidor precisa abrir o celular, acessar o aplicativo do banco, inserir credenciais e localizar a área do Pix para concluir a transação. Com a nova funcionalidade, o pagamento será feito diretamente nas carteiras virtuais, aproximando o celular. Cada vez mais pessoas devem adotar esse método, melhorando a experiência de compra”, prevê Loiola.
Mais conversão nas transações online. O pagamento por Pix já é comum no ambiente online. Mas agora ganha funcionalidades, que permitem aumentar a conversão e eliminar alguns intermediários e riscos de outros métodos de pagamentos como cartão ou boleto. Assim como alguns e-commerces têm a funcionalidade de pagar com um clique no cartão de crédito, será possível fazer o mesmo com o Pix. Ao armazenar de forma segura a chave Pix em uma carteira virtual ou mesmo dentro da loja favorita, o consumidor poderá autorizar uma transação online com a simples confirmação de sua biometria no celular.
Mais segurança para consumidores e negócios. A funcionalidade trará mais proteção contra fraudes, pois os pagamentos somente serão autorizados mediante autenticação do dispositivo, por meio de biometria ou senha. Além disso, com a redução da necessidade de contato físico e da exposição de dados sensíveis, os usuários terão maior tranquilidade ao realizar transações
Outra vantagem em termos de segurança é que o consumidor consegue visualizar no celular o valor a ser debitado, antes de aprovar a transação. Já nos atuais pagamentos por aproximação do cartão, o valor é mostrado apenas nas maquininhas, que também podem ser sujeitas a fraudes.
Facilidade para empresas na gestão de recebimentos. Para empresas, especialmente no setor de varejo e serviços, o Pix por Aproximação simplificará a conciliação financeira e reduzirá custos com outras formas de pagamento, como maquininhas de cartão e boletos bancários. “Isso sem falar que, na transação instantânea, o recebimento é imediato. Isso pode resultar em uma maior margem de lucro e menor dependência de intermediários financeiros”, acrescenta o executivo da Pluggy.
Expansão do uso do Pix no transporte e serviços. A nova funcionalidade permitirá que meios de transporte coletivo, como ônibus e metrô, adotem o Pix de forma ainda mais prática, como uma alternativa direta aos bilhetes eletrônicos e cartões de transporte. E serviços como pedágios e estacionamentos poderão ser pagos de maneira mais fluida e sem atrito.
Recurso para clientes pessoa física
Aproximação nas maquininhas Cielo
O Pix aproximação do Bradesco traz um diferencial que garante mais praticidade no momento de pagar: ao aproximar o celular da maquininha, a tecnologia do banco reconhece o pagamento e abre automaticamente a tela inicial do app Bradesco para o cliente autenticar e confirmar a operação. O lançamento conta com experiência intuitiva e segura, sem necessidade de realizar cadastro prévio para utilizar o serviço e alinhada às necessidades dos consumidores que buscam agilidade no dia a dia.
O Bradesco também vai disponibilizar o serviço no GPay através da tecnologia do Open Finance. A solução estará disponível na carteira digital do Google para clientes a partir de 28 de fevereiro, conforme cronograma regulatório do Banco Central.
Pagamentos de boletos
Essas atualizações reforçam o compromisso do BC em modernizar o sistema financeiro brasileiro, alinhando-o às exigências de uma sociedade cada vez mais conectada. Desde o seu lançamento em 2020, o Pix tem se consolidado como uma ferramenta essencial, com mais de 42 bilhões de transações realizadas em 2023. A introdução das novas funcionalidades impulsiona ainda mais o processo de digitalização, atendendo às necessidades da população e do mercado.
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