Carreira

Professor da Mackenzie acredita que déficit de profissionais de TI deve piorar

De acordo com a Brasscom, associação brasileira de empresas do setor de TIC, serão necessários cerca de 420 mil profissionais de tecnologia até 2024 para suportar a digitalização das empresas brasileiras. Outra pesquisa, dessa vez da consultoria Gartner, a indisponibilidade de talentos supera até mesmo os custos de implementação ou riscos de segurança como a principal barreira para que organizações adotem novas tecnologias.

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De acordo com Vivaldo José Breternitz, professor da Faculdade de Computação e Informática da Universidade Presbiteriana Mackenzie, o problema só tende a se agravar. Ele diz que, no caso do Brasil, é cada vez mais comum jovens profissionais passarem a prestar serviços a empresas localizadas no exterior, que pagam salários muito altos em relação aos que são praticados aqui. 

“Nossas empresas devem pensar a mais longo prazo, definindo estratégias para reter e desenvolver talentos, deixando de manter o foco apenas no próximo projeto”, afirma o professor. Isso é necessário porque, apesar do recuo da pandemia, muito trabalho continuará a ser executado remotamente. 

Além disso, mesmo que haja suficiente mão de obra para desenvolvimento, a carência de pessoal de infraestrutura pode inviabilizar a implementação de novas soluções. “A pandemia trouxe um aumento do trabalho remoto, que só pode ser viabilizado com mais trabalho das áreas de suporte”, diz ele, que lembra que a maioria das empresas já percebeu que é preciso aumentar o que vem sendo chamado resiliência, ou seja, a segurança e a disponibilidade dos sistemas utilizados por seus funcionários que atuam remotamente. 

Para resolver essa demanda, ele acredita que as instituições de ensino devem enxergar a situação como uma oportunidade. “Mas oferecendo cursos de qualidade, o que é vital para formar profissionais aptos a atender às necessidades das empresas”, finaliza. 

 

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