Política

Programa Acessa Crédito Telecom vai financiar expansão da banda larga fixa no país

O ministro das Comunicações, Juscelino Filho, lançou nesta terça-feira (24) o programa Acessa Crédito Telecom para ampliar o apoio do Governo Federal a provedores regionais de internet com recursos do Fundo de Universalização dos Serviços de Telecomunicações (Fust). A iniciativa vai incentivar a ampliação da infraestrutura de banda larga fixa no país, principalmente em cidades com menos de 30 mil habitantes.

 

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A partir de um empréstimo de US$ 100 milhões (R$ 550 milhões na cotação atual) já aprovado pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), será criado um mecanismo garantidor para os empréstimos realizados pelo Fust. Com isso, pequenos provedores, que atualmente não atendem às garantias dos bancos, vão poder solicitar crédito e acessar recursos do Fust.

A previsão é que a ampliação da cobertura da conectividade digital nessas cidades beneficie cerca de 2,5 milhões de pessoas. A iniciativa inclui a implantação de cabos de fibra óptica e a instalação de equipamentos de telecomunicações com funções de economia de energia ao longo da infraestrutura, entre outros. A iniciativa é uma parceria com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e a Associação Brasileira de Desenvolvimento (ABDE).

O especialista em telecomunicações do BID, Luis Guillermo Alarcón, falou que nos municípios com menos de 30 mil habitantes existe uma presença muito forte de pequenos provedores de internet, que têm crescido bastante desde 2015 e hoje possuem mais de 90% do mercado no interior do país.

“Eles são os que realmente estão universalizando o acesso à banda larga e esse cenário é um passo importante para garantir que o financiamento chegue em condições favoráveis a esses empreendedores. Por isso, apoiamos com orgulho esse programa”, ressaltou.

Além disso, será ampliado o número de agentes financeiros que operam o Fust para capilarizar os seus investimentos pelo país. Até então, apenas o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) operava o fundo e as operadoras menores tinham dificuldade para cumprir as exigências para adquirir crédito na instituição, que têm procedimentos mais rigorosos que geralmente são atendidos por grandes empresas.

Contudo, o Conselho Gestor do Fust aprovou que novos agentes financeiros também podem operar os recursos do fundo, inclusive para ampliar a infraestrutura de telecomunicações do país em municípios com menos de 30 mil habitantes.

Uma das formas de realizar isso é por meio dos bancos de fomento estaduais, que têm capacidade para chegar a esses provedores de acesso, além de maior interesse na iniciativa para ampliar o seu rol de operações. Contudo, bancos privados também podem participar.

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