Como os idiomas que falamos e escrevemos, as linguagens de programação são uma forma de comunicação, com inúmeras combinações, que podem criar uma infinidade de aplicações. Como nos idiomas, também existe uma grande variedade de linguagens de programação. De acordo com Patrice Ramos, gerente executivo de engenharia de produtos na Locaweb, hoje em dia, as mais comuns são JavaScript, Python, Java, C# e C/C++.
Segundo o executivo, cada linguagem é boa em determinada aplicação. Existem diversos conceitos de linguagem, como a programação orientada a objetos (POO) e a programação funcional, o que influencia a maneira como são arquitetados os sistemas e a estrutura de códigos. Além disso, outros aspectos devem ser levados em conta na escolha.
“Por exemplo, quando comparamos linguagens fortemente tipadas das outras. As tipadas, como a Python, tendem a dar mais assertividade no código desenvolvido, acelerando a entrega, mas aumentando um pouco o volume de código produzido. Cada uma tem a melhor aplicação e o seu custo-benefício”, afirma.
Uma outra diferença é que existem linguagens que podem rodar na parte do client (front-end), como JavaScript, e outras como Java, que rodam na parte de server (back-end). “Vale frisar que uma linguagem não se limita apenas a uma sintaxe, ela é acompanhada do stack de tecnologia junto, como por exemplo Java e C# que precisam respectivamente da Java Virtual Machine e do .NET Framework para serem executados em máquinas”, afirma Ramos.
E não existe uma linguagem mágica que vá resolver todos os problemas dos programadores. Para Ramos, deve-se tomar bastante cuidado com este tipo de promessa. “Existem linguagens consolidadas no mercado que evoluem de maneira consistente e permanecem como as mais usadas.”
O caso do Python, que é uma linguagem que foi criada há 30 anos, é observável que a ela ficou por longos anos pouco popular, até conhecer, a partir destes cinco últimos anos, um crescimento acelerado de adoção, notavelmente pela sua aderência com algoritmos de machine learning, que estão em alta.
Se um programador está pensando em aprender uma nova linguagem, é importante primeiro ter bem claros os motivos. “Aprender uma nova linguagem requer dedicação, e se o motivo não for forte o suficiente, o desenvolvedor pode perder a motivação no meio do caminho e abandonar”, afirma Ramos.
Outro fator que deve ser levado em consideração é a empregabilidade. “Aprender uma nova linguagem é legal, mas aprender uma nova linguagem que abre portas de empresas e que dão oportunidade de praticar no seu dia a dia é muito melhor. No mais, é ter foco, aproveitar a imensidade de conteúdos disponíveis na Internet, e se aproximar das comunidades, onde é possível compartilhar experiências e receber ajuda quando precisa”, finaliza Ramos.
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