Segundo empresa, até 2014 este número pode evoluir para 107 milhões, devido a várias tecnologias de alta qualidade que se estabelecerão, como a HSPA+ e a própria LTE.
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A Qualcomm anunciou hoje (22) os seus resultados do ano fiscal, finalizado no último setembro. Além dos números, a companhia pontuou sua perspectiva para o mercado 3G e LTE nos próximos anos.
Segundo o vice-presidente sênior da Qualcomm, Flavio Mansi, os fatores de crescimento da empresa se dão pela migração do 2G para o 3G no mercado, alta demanda de smartphones, novas categorias de dispositivos conectáveis e tecnologias avançadas.
Atualmente, há aproximadamente 1,15 bilhões de assinantes 3G em todo o mundo. A estimativa da companhia para 2014 é este número cresça para 2,8 bilhões.
Especificando o Brasil, Mansi crê que, em 2011, que haja cerca de 35 milhões de assinantes 3G somente no Brasil e, em 2014, este número evolua para 107 milhões.
O maior índice de crescimento, segundo a empresa, se dá em mercados emergentes. O executivo complementa que a alta de assinaturas 3G CDMA, de 2009 a 2014, gerará aumento de 465% somente na região da América Latina. O Brasil, em específico pontuará 567% de aumento em quatro anos, somente perdendo para China, que, provavelmente, crescerá 640%.
Para ele, o segmento de smartphones com acesso 3G se encontra em um bom momento no Brasil, pois estes dominam as vendas de celulares terceira geração no país. “Só para se ter uma idéia, em agosto do ano passado os celulares registravam 78,4% em vendas, contra 33,2% dos smartphones. Hoje, este número é contrário, pois decaíram para 21,6% contra 66,8% dos telefones inteligentes com acesso 3G”, explica Mansi.
Isto aconteceu devido ao preço dos smartphones 3G, que caiu 32% em apenas um ano. Além disso, cerca de 60 novos modelos foram colocados no mercado.
Redes
Mansi afirma que o HSPA+ será lançado em 2011. Mas, para isto acontecer, é necessário que os usuários migrem do 2G para o 3G, para que haja liberação do espectro. “O leilão da banda H acontecerá no próximo dezembro e, acredito que até o fim do ano que vem, já haverá os primeiros lançamentos de LTE no mercado”, destaca.
O executivo acredita que o processo de identificação das faixas, de consulta pública começou em tempo ideal e que, para os eventos esportivos a partir de 2014, haverá infraestrutura adequada para suportar os cidadãos brasileiros e os estrangeiros com suas redes de dados. “No entanto, para a construção de infraestrutura, é necessária otimização dos componentes do backbone”, explica.
Sobre as faixas de espectro, o diretor sênior de relações governamentais, Francisco Soares, acredita que com 2,5Ghz, o Brasil se encontra bem posicionado perante os países, pois, deste total, já há 700 MHz regulamentados.
Resultados da empresa
A Qualcomm registrou no final de seu ano fiscal um aumento de vendas globais de 6%, com receita de US$ 11 bilhões. A surpresa da empresa foi no aumento da demanda dos chipsets, que registraram alta de 26% em relação a 2009, com 399 milhões de unidades vendidas.
Mansi crê que esta demanda tende a aumentar, principalmente com a quarta geração chegando na telefonia celular. “Até 2014, quando a maioria das pessoas já terá tablets e smartphones com acesso 3 e 4G, o preço dos dispositivos deverá cair”, afirma ele. A Qualcomm é a maior fornecedora de chipsets dual mode, para redes 3G e 4G.
