O relatório “5G na educação: desafios e oportunidades de transformar o ensino pela tecnologia”, do Instituto IT Midia, aponta que o 5G vai permitir o uso de diversas tecnologias no dia a dia de escolas, trazendo uma nova forma de dar aulas. No entanto, desafios – principalmente de infraestrutura – precisam ser transpostos para que isso seja realidade.
Salas virtuais, uso de equipamentos de realidade aumentada, realidade mista, entre outros recursos, são as principais apostas do relatório. A tecnologia pode proporcionar, por exemplo, um aluno visitar virtualmente outros países, outros locais e experimentarem estar em um evento histórico, o que transforma o aprendizado.
Ao abordar esse aspecto, o relatório do Instituto IT Mídia também traz à tona a discussão sobre a forma que as escolas irão aplicar essas novas formas de ensino. Para isso, é preciso que novas competências digitais sejam somadas ao currículo e não somente ao dos professores, como também ao dos diretores e gestores.
Os principais desafios de infraestrutura estão relacionados às escolas mais afastadas dos centros urbanos. Para suprir essa demanda, o próprio leilão de frequências para 5G estipulou obrigações de levar internet às escolas. O edital do 5G previu a destinação de R$ 3,1 bilhões para o provimento de conectividade nas Escolas Públicas de Educação Básica.
O relatório ainda ressalta o perigo do 5G alcançar apenas as salas de aula da rede privada, trazendo maior desigualdade para o ensino, já aumentado com a pandemia. Houve o salto de 1,4 milhão para 2,4 milhões de crianças de seis e sete anos que não sabiam ler e escrever entre 2019 e 2021.
O relatório é fruto da contribuição de especialistas em tecnologia e educação como Thalles Gomes, do Centro de Inovação para a Educação Brasileira (CIEB); Rodrigo Maretti, da Ericsson; Maria Augusta Orofino, palestrante, professora e especialista em inovação; Gustavo Torrente, consultor de tecnologia e professor universitário da FIAP; Tiago Novais, da Deloitte; Manoel de Almeida, da Descomplica; Marcelo Zuffo, professor da USP; e Ana Paula Azevedo, do Colégio Rio Branco, entre outros.
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