Proposta é menor do que oferecida na semana passada e foi recusada pelo sindicato dos trabalhadores da categoria.
A segunda reunião entre os sindicatos dos trabalhadores de TI e dos patrões para decidir o aumento salarial da categoria para o Estado de São Paulo, que ocorreu ontem (15/1), na sede do Seprosp, representante das empresas, terminou em impasse. De acordo com o Sindpd, sindicato dos trabalhadores, foi oferecido aumento para toda a categoria de 4% a ser pago em duas vezes, 2% em janeiro e 2% a partir de julho. O Sindpd pede reajuste salarial e nos pisos de 13,61% e rejeitaram a nova proposta.
Para o Sindpd, a proposta é considerada absurda, visto que é menor que a recusada na primeira reunião, realizada semana passada. Na ocasião, a proposta oferecia aumento escalonado: 8% para trabalhadores que recebem até R$ 2 mil, de 5,5% mais R$ 50 para os salários acima dessa faixa, e de 4% para profissionais com remuneração superior a R$ 5 mil, com acréscimo de R$ 125 na parcela.
O presidente do Seprosp, Luigi Nese, afirma que a crise econômica exige cautela na análise do aumento salarial. Citando dados do Gartner, que preveem crescimento de 0,6% do setor de TI para 2016, o presidente do Sindpd, Antonio Neto, diz que a nova proposta indicada pelo Seprosp é “indecorosa” e não reflete as previsões, tampouco os lucros obtidos pelo empresariado.
Neto ainda afirma que não foram levados em conta os índices de inflação nas negociações. “O IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) é de 10,24% e o INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) de 11,28%.” Segundo ele, as negociações estão interrompidas e não existe data exata para a realização de uma terceira rodada, somente a possibilidade de uma reunião no dia 20 de janeiro.