A busca por um futuro mais sustentável impulsiona empresas e governos a adotarem práticas que integrem os princípios da Governança Ambiental, Social e Corporativa (ESG). A tecnologia se apresenta como uma ferramenta crucial nesse processo, oferecendo soluções inovadoras que otimizam a gestão, aprimoram os resultados e garantem a transparência das ações.
A tecnologia é uma ferramenta poderosa na jornada ESG das empresas. Ao investir em soluções inovadoras e utilizá-las de forma estratégica, as empresas podem aprimorar sua governança, reduzir seu impacto ambiental e promover a inclusão social, contribuindo para a construção de um futuro mais sustentável para todos.
Com mediação de Raquel Possamai, Diretora-Executiva da Embratel para Mercado Financeiro, o Painel “Os bancos no caminho do ESG para promoverem a cidadania financeira no Brasil”, nesta quarta-feira, 26, durante o Febraban Tech 2024, executivas da Microsoft, Embratel, Banco do Brasil e B3, debateram de que forma a tecnologia vem sustentando as mudanças empreendidas pelas organizações na área do ESG.
As executivas Marisa Reghini, vice-presidente de negócios e tecnologia do Banco do Brasil, e Ana Carla Abrão, vice-presidente te novos negócios da B3, relataram os projetos desenvolvidos pelas instituições na linha do ESG. “O banco utiliza inteligência artificial (IA) para aprimorar seus processos de governança, combatendo fraudes e garantindo a ética em suas operações, disse Marisa.
O Banco mapeia seus produtores com foco na preservação ambiental, utilizando data lakes e analytics para extrair dados e insights, e aplicando inteligência artificial (IA) e internet das coisas (IoT) para monitorar o consumo de água e energia.
Marisa também destacou outros projetos, como o cartão em braile e o hub financeiro na região Norte para promover a inclusão financeira de pessoas com deficiência e de comunidades com acesso limitado a serviços bancários, respectivamente.
Ana Carla, pontuou que a B3 assumiu dois chapéus no processo de promoção do ESG, ao ser responsável pela criação de regras de governança e se apresentar como um indutor das práticas ESG. “Internamente, temos ESG como meta corporativa. Hoje, por exemplo, somos quatro mulheres no conselho de administração da B3, composto por 11 membros, além de termos o compromisso com a diversidade racial”, afirmou.
Entre várias ações para o mercado, a executiva destacou os programas da B3 que estimulam a presença de representantes dos grupos minorizados e de mulheres nos conselhos de administração das empresas, além dos certificados net zero e outros definidos pela instituição para diferenciar negócios alinhados com o ESG.
Um dos projetos mencionados, o destaque foi para o hub de educação financeira, que utiliza a inteligência artificial Microsoft Copilot para orientar investidores iniciantes.
Tania Consentino, presidente da Microsoft, destacou que os desenvolvimentos tecnológicos da empresa e seus serviços consideram a meta de zerar a emissão de carbono, tendo como referência, por exemplo, o uso de energia renováveis nos data centers.
A empresa também oferece soluções baseadas em inteligência artificial que visam promover a inclusão de mulheres e pessoas com deficiência no mercado de trabalho e impactar a produtividade dos negócios. Um exemplo é o caso da B3, que utiliza o MS Copilot para aumentar a produtividade de seus colaboradores.
Para as executivas, a coleta e a análise de dados são essenciais para monitorar o desempenho das ações ESG e identificação de áreas de melhoria. Ferramentas de inteligência artificial (IA) e machine learning podem auxiliar na análise de grandes volumes de dados e na geração de insights valiosos.
Outra função da tecnologia é facilitar a comunicação das ações ESG para stakeholders internos e externos, aumentando a transparência e a confiança na empresa. Plataformas digitais e relatórios interativos podem ser utilizados para divulgar informações sobre o desempenho ESG da empresa.
“Também é possível otimizar processos, reduzir custos e aumentar a eficiência das ações ESG. Por exemplo, a utilização de sensores IoT para monitorar o consumo de energia pode levar a uma redução dos custos e das emissões de gases de efeito estufa”, pontuou Raquel Passamai, ao dizer que 72% do consumo de energia do Claro é de fontes renováveis.
As executivas concluíram que a tecnologia pode contribuir deste a efetiva implementação das iniciativas ESG, na mensuração precisa de seus resultados e na avaliação do impacto real na sociedade e no meio ambiente. “A criação de uma matriz de materialidade, que defina as prioridades da empresa, é fundamental para nortear as ações e otimizar os recursos”, comentou Tânia.
Para ela, empresas de diferentes portes apresentam níveis distintos de maturidade em relação à gestão ESG. As grandes corporações, como a Microsoft, com seu compromisso de ser net zero até 2030 e a utilização de energia renovável em seus data centers, servem de exemplo. Já as PMEs podem necessitar de apoio para dar os primeiros passos nessa jornada.
De forma geral, a leitura das executivas que participaram do painel é que a tecnologia é uma ferramenta poderosa na jornada ESG das empresas. Ao investir em soluções inovadoras e utilizá-las de forma estratégica, as empresas podem aprimorar sua governança, reduzir seu impacto ambiental e promover a inclusão social, contribuindo para a construção de um futuro mais sustentável para todos.
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