Após problemas com invasão de privacidade em outros países, duas empresas norteamericanas implantaram novo método no País, que solicita ao internauta que aceite voluntariamente participar dos testes.
Um método de publicidade personalizado, que no passado teve problemas nos Estados Unidos e no Reino Unido por ser considerada uma ferramenta invasiva que afetava a privacidade, volta a ser testada por algumas operadoras.
Entre elas está a Telefônica, que, no momento, realiza este teste aqui no Brasil. Para evitar novos problemas, agora a companhia solicita ao internauta que aceite voluntariamente participar da prova.
A tecnologia é conhecida como Inspeção Profunda de Pacotes e é capaz de analisar os packs que circulam por internet. Se trata de um método mais potente que as tradicionais cookies, também empregadas para rastrear a atividade do internauta.
Agora, duas companhias norteamericanas, Kindsight e Phorm estão relançando esta fórmula para melhorar a emissão de publicidade personalizada, em função do conhecimento que se tem dos hábitos do internauta. As empresas asseguram que não usam todo o potencial da tecnologia e que pedem previamente o consentimento do internauta.
Para convencer o internauta a permitir este tipo de rastreio de suas atividades, as empresas oferecem em troca serviços gratuitos de segurança informática ou informação personalizada sobre seus interesses. A Kindside assegura que seu sistema reconhece se o internauta está na rede a trabalho ou apenas por motivos pessoais, justamente quando podem ler as mensagem publicitárias dirigidas a ele.
De acordo com as autoridades dos Estados Unidos, a condição de se empregar este método é advertir claramente ao internauta sobre o rastreio de dados e obter seu consentimento.
No Brasil, as operadoras Oi e Telefônica estão em testes com esta tecnologia.
Um portavoz da Telefônica comentou que as provas estão sendo realizadas com mil internautas que possuem banda larga; Somente decidirão sua implantação efetiva após análise dos resultados.
Segundo a operadora, o internauta pode se conectar ou desconectar do teste quando quiser. “Este é um teste piloto e não comercial, na qual os participantes conhecem do que se trata o sistema e podem ficar ou sair do teste a qualquer momento”, explica a fonte da Telefônica.
As duas companhias que oferecem essa tecnologia afirmam que não divulgam e nem manipulam informações e identidades reais; Além disso, destacam que seu método, a diferença do tradicional sistema de rastreio das atividades na web, que não distingue usuários distintos que usam um mesmo computador, pode gerar vários perfis de conduta.
Entre 2006 e 2007, algumas operadoras britânicas provaram o método da Phorm. A BT o fez sem avisar a seus clientes que contaram que, ao solicitar o acesso à web, eram redirecionados a um endereço eletrônico desconhecido. Quando os internautas descobriram, em 2008, as denúncias forçaram a uma investigação oficial.