O uso de rede privativa permitiu a Vale implementar 14 caminhões autônomos na Mina de Carajás em Parauapebas (PA). A iniciativa, detalhada por Lennon Bento, gerente de arquitetura empresarial da Vale, durante o Fórum Redes Privativas 4G e 5G no Brasil 2025, foi a forma que a mineradora encontrou para diminuir os riscos de acidentes de trabalho e aumentar a produtividade.
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Bento comentou que a conectividade 4G foi um habilitador para a inovação e segurança na mina e que os veículos autônomos foram o primeiro projeto com a rede privativa, que começou em 2021. A rede substituiu o Wi-Fi por conta da cobertura, que é muito maior com o 4G e também demanda menos manutenção, diminuindo o risco operacional.
Dentro dessa iniciativa, a Vale conseguiu incluir outros projetos, como a operação remota de equipamentos, para retirar ainda mais operadores de dentro da mina, e incluir soluções de gestão de frota. “A rede privativa reduziu áreas de sombra significativamente e hoje temos 2 mil dispositivos conectados”, explica o gerente.
Migração para o 5G
Bento destacou que o 4G está consolidado na Mina de Carajás e que o uso do 5G ainda é muito pontual. Algumas das operações em que o 5G está sendo testado é na operação remota e também no telemonitoramento de barragens com câmeras de vídeo, que precisam de maior banda de upload. Neste último, a medida é uma forma de segurança – em 2024, um operador de máquinas de uma empresa terceirizada da Vale morreu após cair dentro de uma barragem de rejeitos da mina.
“O 4G vai ficar por um bom tempo e o investimento compensa ao longo do tempo”, diz o executivo, que também comentou que o investimento inicial foi alto e que é preciso que projetos se estabeleçam usando a rede. Bento ainda diz que o planejamento de rede leva muito em conta o custo-benefício e que o valor gasto em uma rede 5G ainda é muito alto.
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