Às vésperas da chegada definitiva do 5G ao País, a Ericsson, a MediaTek e a TIM acabam de concluir o primeiro teste piloto do Brasil usando a tecnologia Carrier Aggregation da Ericsson e Mediatek em arquitetura 5G Standalone, utilizando frequências TDD (que avaliam a oscilação do sinal por tempo) e FDD (que avaliam a oscilação por frequência) simultaneamente e com base em numerologias distintas.
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O objetivo era medir a capacidade de ampliação da cobertura, que chegou a um índice de 65% na banda média. O piloto foi realizado ao longo de todo o mês de julho na cidade de Itajubá/Minas Gerais, utilizando a infraestrutura de Network da TIM.
O teste contou com o uso do chipset Dimensity 1100, da MediaTek, além do rádio 5G AIR 3239 da Ericsson operando em 100MHz de banda média (3,5GHz) e da feature Ericsson Spectrum Sharing (ESS), ativada em 10MHz na banda de 2600MHz. Os resultados destacaram que foi possível cobrir uma área significativamente maior se beneficiando dos 100MHz de banda disponíveis na faixa de 3,5GHz, demonstrando a possibilidade de agregar e estender a cobertura do 5G 3.5GHz TDD fazendo uso das frequências FDD atuais.
A tecnologia Carrier Ag g regation (CA) é uma das principais ferramentas para a implementação do 5G na frequência 3,5GHz, uma vez que permite que mais usuários possam se beneficiar do serviço graças à extensão da cobertura que ela garante, além de assegurar maior velocidade nas conexões. Em conjunto com o Ericsson Spectrum Sharing (ESS), o Carrier Aggregation transfere parte da sinalização que limita o alcance em 3,5GHz para outra portadora 5G em banda mais baixa compartilhada com o LTE, por meio do ESS, resultando em um aumento expressivo da cobertura 5G.
Em cenários com implementação da arquitetura standalone, o carrier aggregation é especialmente importante, uma vez que não há uso de uma portadora âncora em 4G para escoamento do tráfego de uplink.
“Dada a diversidade do espectro disponível, é essencial que agreguemos as diferentes bandas de frequência usando 5G Carrier Aggregation. Isso é feito para melhorar a cobertura celular e fornecer taxas de pico mais altas. Os resultados que obtivemos nesse teste piloto foram muito relevantes. A possibilidade de ampliar a cobertura da quinta geração de tecnologia móvel é um ponto importante quando se pensa em garantir uma experiência ideal para um usuário 5G, em particular quando a agregação ocorre entre as frequências FDD existentes e as novas frequências 5G em TDD. Além de um ganho expressivo de cobertura, o Carrier Aggregation traz também um ganho de velocidade”, diz Marcos Scheffer, Vice-Presidente de Redes da Ericsson para o Cone Sul da America Latina.
Segundo Samir Vani, Country Manager da MediaTek no Brasil, a série de chipsets MediaTek Dimensity 5G, desenvolvidos para equipar smartphones com alta performance (mas com baixo consumo de bateira), permite que um único aparelho seja conectado a duas frequências diferentes de 5G. “A dupla conectividade 5G amplia o sinal e também traz ganhos na velocidade da conexão”, explica o executivo. Segundo ele, a empresa está pronta para suportar a funcionalidade Carrier Aggregation em várias configurações, aprimorando, assim, a experiência do usuário.
Leonardo Capdeville, CTIO da TIM Brasil, reforça a importância dos pilotos desenvolvidos em rede 5G standalone para a consolidação da tecnologia mesmo antes do leilão de frequências, previsto para o final de 2021: “Estabelecemos parcerias com empresas líderes em seus setores para desenvolver soluções que atendam à futura demanda por conectividade de baixa latência, alta segurança e grandes volumes de dados. O 5G irá transformar a experiência de uso principalmente de empresas e segmentos importantes da economia nacional. Os testes de campo nos ajudam a refinar esta entrega e alinhar cada vez mais a expectativa do consumidor com o serviço de excelência que pretendemos entregar”.
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