Inadimplência das empresas também começa a exibir sinais de esgotamento.
O Indicador Serasa Experian de Perspectiva da Inadimplência do Consumidor caiu 0,1% em julho de 2011, atingindo o patamar de 103,4 pontos. Foi a primeira queda mensal deste indicador em treze meses, ou seja, desde junho do ano passado não se verificava queda na variação mensal desta estatística.
Dado que, pela sua metodologia de construção, o indicador tem a propriedade de antever os movimentos cíclicos da inadimplência com seis meses de antecedência, o recuo em julho aponta que a atual trajetória de elevação da inadimplência do consumidor será revertida, podendo iniciar um movimento de recuo por volta do final deste ano.
A diminuição do ritmo da inflação comparativamente aos meses iniciais de 2011, a rodada de negociações salariais de importantes categorias profissionais neste segundo semestre, o patamar baixo, em termos históricos, do desemprego e o crescimento mais moderado do endividamento dos consumidores figuram entre os fatores que proporcionarão tal reversão da atual trajetória de alta da inadimplência do consumidor.
Somando-se a isso, a inauguração de um novo ciclo de queda da taxa básica de juros (taxa Selic) também exercerá efeitos benéficos sobre a inadimplência do consumidor por reduzir, ainda que a médio prazo, o custo das dívidas, observam os economistas da Serasa Experian.
Empresas
O Indicador Serasa Experian de Perspectiva da Inadimplência das Empresas cresceu 0,8% em julho de 2011, o nono crescimento mensal consecutivo, atingindo o nível de 100,9.
Apesar do crescimento, esta foi a menor alta do indicador em oito meses, sinalizando que o crescimento da inadimplência das empresas, a exemplo do que ocorreu com a dos consumidores há alguns meses, também começa a vislumbrar algum esgotamento.
A redução da taxa Selic, determinada pelo Banco Central ao final de agosto, bem como a sua provável continuidade, amenizarão o processo de desaceleração da economia brasileira além de promover um barateamento do custo do capital para as empresas. Conforme análise dos economistas das Serasa Experian, isto contribuirá para o encerramento, no médio prazo, do atual ciclo de elevação da inadimplência das empresas.