A Amazon fechou uma parceria com a operadora norte-americana Verizon para fornecer Internet em áreas remotas via satélite. O projeto dá um objetivo para o futuro projeto Kuiper, no qual a big tech espera lançar mais de 3,2 mil satélites de baixa órbita (que ficarão em altitudes de 600 quilômetros). A intenção é que estes equipamentos forneçam a conexão para as torres da Verizon, barateando o custo de infraestrutura para implantar redes móveis, já que não vai ser necessário utilizar fibra ótica.
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O projeto Kuiper custará US$ 10 bilhões à Amazon e promete oferecer acesso à internet a uma velocidade de até 400 Mbps. A Verizon não informou quanto investirá em torres e nem os preços que pagará à Amazon.
Para Vivaldo José Breternitz, professor do Programa de Mestrado em Computação Aplicada da Universidade Presbiteriana Mackenzie, o potencial do projeto é enorme, pois existem centenas de milhões de pessoas que vivem em áreas sem acesso à Internet devido ao custo de infraestrutura.
O professor lembra, no entanto, que o projeto Kuiper ainda está longe de acontecer. Até hoje, nenhum satélite foi lançado e a expectativa é que se leve até 2026 para que metade dos mais de 3,2 mil equipamentos sejam colocados em órbita.
Por enquanto, quem está mais próximo desse objetivo é a SpaceX, uma empresa do grupo Tesla. O projeto Starlink já conta com 1,7 mil satélites em órbitas, conectando alguns usuários em uma espécie de versão beta do serviço. Os planos da empresa de Elon Musk são lançar cerca de 12 mil satélites no total nos próximos anos.
Outras concorrentes surgem, além dessas duas empresas, mas com planos mais modestos. A OneWeb, que já lançou 358 satélites de uma constelação que prevê 648, e outra empresa menor, a Telesat, que planeja lançar uma constelação de quase 300 satélites. Para o professor, a concorrência é boa, pois os usuários não ficam à mercê de poucas empresas de grande porte, que ao invés de concorrerem de verdade, podem se compor e impor sua vontade às pessoas.
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