Segurança

Ataques DDoS exigem que ISPs busquem novas formas de defesa

O webinar “Mitigando os Ataques de Negação de Serviços (DDOS) nas Redes de Telecom”, realizado ontem (3/10) pelo Portal IPNews, debateu os impactos do DDoS nos provedores de internet. Segundo relatório da holding de telecom norte-americana Zayo Group, os ataques do tipo cresceram 106% no primeiro semestre de 2024 em relação ao segundo semestre de 2023.

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Wardner Maia, conselheiro da Abrint, diz que esse é um desafio muito grande para os provedores e a associação tem feito um trabalho de conscientização para que os ISPs melhorem a infraestrutura de rede para que seus dispositivos, como roteadores, não se tornem vetores de ataques DDoS.

Outro trabalho é a mitigação de ataques usando ferramentas na nuvem. A Abrint oferece gratuitamente aos associados um serviço de mitigação contratado com empresas de nuvem, que desviam o tráfego de internet e filtram o que seriam acessos DDoS. “Devido ao tamanho dos provedores, dificilmente muitos são atacados simultaneamente, mas tivemos momentos críticos ao longo desse um ano e meio de disponibilidade do serviço”, comentou.

Necessidade de atualização

No entanto, o conselheiro diz que o perfil de ataque vem mudando. “Os ataques se tornaram mais rápidos. Eles trocam de alvos antes mesmo de ter tempo de acionar ferramentas de mitigação”, comenta.

Ricardo Caine, diretor de Desenvolvimento de Negócios da Nokia, comenta que os hackers sempre inovam e as empresas precisam se adaptar rapidamente. Por isso, usar apenas ferramentas de mitigação em nuvem pode não ser o suficiente.

O executivo apresentou a Nokia Deepfield durante o webinar, um software que analisa dados usando inteligência artificial (IA) para entender e identificar anomalias no tráfego. Ao perceber que determinada origem é maliciosa, ele consegue barrar o ataque DDoS automaticamente nos roteadores.

Juliana Ramon, CMO da DPR Telecomunicações, diz que sabe o quanto o DDoS impacta o negócio de ISPs e por isso destacou a parceria da empresa com a Nokia para oferecer o Deepfield para provedores e operadoras, com ofertas diferenciadas de acordo com o tamanho da empresa.

“O investimento é necessário porque o aumento da latência pode fazer com que o assinante troque de provedor”, diz a executiva, destacando que resolver o problema de ataques DDoS podem minimizar o churn. “Quando conseguimos oferecer algo que mitiga esses ataques, isso se torna um diferencial de mercado.”

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