A Megatelecom, companhia que atua nos mercados de provimento de acesso à Internet e soluções de TI, identificou um aumento de 50% nos ataques virtuais a empresas nesse momento de quarentena. O crescimento foi constatado durante monitoramento de seus clientes (serviço que a empresa oferece). O dado aponta que o avanço foi proporcional ao aumento do tráfego na rede, na comparação com o mesmo período do ano passado.
Sequestro de dados: um terço dos ataques visa usuários corporativos
Como explica a Megatelecom, a pandemia obrigou empresas a improvisarem, já que não estavam preparadas e nem dispunham de tecnologia para implementar o trabalho remoto. Dessa forma, a segurança ideal para realizar o acesso a servidores de casa pode não ter sido a prioridade no momento, abrindo brechas para um possível ataque. As operadoras têm um papel importante na proteção dos dados das empresas porque é por meio de sua infraestrutura que todas as informações passam.
Segundo a empresa, ao utilizar uma conexão VPN – que liga dois computadores através de uma rede pública, como a Internet – a fim de permitir que o colaborador acesse o ambiente virtual da companhia, abre-se uma porta de acesso que, se não estiver bem protegida, permitirá um provável ataque. Isso porque, muitas vezes, esse acesso parte de um roteador com políticas frágeis de segurança e um link de internet residencial, igualmente desprotegido.
Com base nos números do World Economic Forum (pré pandemia de covid-19), mais de 74% das empresas em todo o mundo serão violadas em 2020, o que representará potenciais perdas na ordem de US$ 3 trilhões por crimes cibernéticos. Ainda não está claro como será após a covid-19, mas tudo aponta para que seja estabelecido um “novo normal”, onde pessoas trabalharão de forma mais remota, avalia a empresa.
Neste sentido, é muito necessário que as empresas tenham políticas que contemplem os processos e acessos do colaborador. A companhia precisa dispor de um protocolo, seguindo as melhores práticas, mantendo portas de acesso seguras, com equipamentos que garantam que a informação fique íntegra e não seja manipulada no fluxo de uso, algo que deve ser observado também em relação a operadora que fornece a conexão à internet.
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