Análise Setorial

Business Intelligence e Business Analytics foram prioridades dos CIOs em 2012

Cloud e mobilidade estão na sequência, segundo estudo do Gartner.

Entre as principais prioridades tecnológicas dos CIOs da América Latina, o ano de 2012 foi marcado, principalmente, por soluções de Business Analytics e Business Intelligence, de acordo com as análises expostas, hoje, no Gartner Simposium/ITxpo2012, que acontece em São Paulo.

Segundo o VPdo Gartner, Donald Feinberg, a liderança acontece justamente porque “as ferramentas para análise estão aumentando”. No ano passado, tecnologias com esse perfil estavam na quinta posição, enquanto soluções de gestão e governança posicionavam-se no primeiro lugar – em 2012, caíram para o oitavo.

Na sequencia da lista de 2012, ainda estão, respectivamente, Cloud Computing (SaaS, PaaS e IaaS) e mobilidade, totalizando as três principais premissas dos CIOs da América Latina.

Futuro

De forma mais específica, no Brasil,o Gartner prevê que os gastos com TI deverão chegar a US$ 134 bilhões em 2013, representando um aumento de 6% com relação à previsão de gastos – estimada em US$ 126,3 bilhões – para 2012.

No entanto, o VP e Country Manager de Pesquisa, Cassio Dreyfuss, reforça que 90% de todas as iniciativas de TI não serão bem sucedidas, caso as hipóteses de planejamento estratégico – que “servem para indicar a visão que leva à ação – das organizações de TI não passem por uma transformação.

Sendo assim, ele alerta as providências que devem ser tomadas: ao invés de as empresas de TI darem continuidade às atuais prioridades de seus tradicionais organogramas, que são desenvolvimento, produção e suporte, elas precisam partir para outras três vertentes: foco, conexão e liderança.

Dreyfuss explica que o foco contínuo significa manter-se sempre atento, tanto do lado da demanda, – para, por exemplo, prever rapidamente possíveis ameaças – quanto do lado da oferta. “O foco ajuda o profissional de TI”, comenta.

No caso da conexão, a intenção é focar na rede de processos de negócios. “As empresas precisam ser vistas como entidades que participam de uma rede de processos de negócios. O CIO precisa começar a pensar que vai colaborar com CIOs de outras empresas para que juntos colaborem para uma rede de processos de negócios”, explica. Segundo ele, colaboração, aqui, é primordial.

Por fim, a liderança pretende dar liga às antecessoras. “Foco, portanto, define estratégia em TI, conexão estabelece essa rede de processos de negócios, e nada disso acontece sem liderança”, afirma Dreyfuss, comentando que a última se caracteriza por ter visão e criar um cenário que dê diretrizes para os objetivos da empresa.

Mais empregos

Segundo Peter Sondergaard, Vice-Presidente sênior do Gartner e global head de pesquisas, até 2015 serão criados 4,4 milhões de empregos no setor de TI globalmente. O motivo é dar suporte ao Big Data. No entanto, ele alerta que “os trabalhos vão ser criados porque há necessidade, mas não esperamos que sejam (totalmente) preenchidos”, informa.

A principal dificuldade encontrada é a falta de mão de obra especializada. “Não há uma quantidade de talentos suficientes na indústria de Big Data. Nossos sistemas de educação pública e privada são falhos. Desta forma, apenas um terço dos cargos de TI serão preenchidos. Os especialistas de dados serão uma commodity escassa e valiosa”, alerta Sondergaard.

 

 

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