O método Buy Now Pay Later (BNPL) está ganhando popularidade entre os consumidores e varejistas e deve ultrapassar o tradicional boleto bancário, posicionando-se como a terceira forma de pagamento mais aceita nas transações online. É o que aponta o estudo inédito encomendado pela Pagaleve e realizado pela consultoria GMattos.
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A crescente preferência por formas de parcelamento que não necessitam de cartão reforça como pagamentos tradicionais, como o cartão de crédito, que até pouco tempo era visto como praticamente o único meio de parcelamento, não atendem uma parte relevante da população. Por exemplo, 38% dos brasileiros não têm acesso a cartão de crédito.
De acordo com o levantamento, o método Buy Now Pay Later, atualmente em 4º lugar em aceitação online, está rapidamente diminuindo a diferença em relação ao 3º colocado, o boleto. Em julho de 2022, a diferença entre os dois métodos era superior a 60 pontos percentuais. Já em maio de 2024, essa diferença caiu para 17,5 pontos percentuais, evidenciando a crescente adoção por modalidades de BNPL por parte dos consumidores.
Se por um lado o BNPL está em ascensão no mercado, por outro há uma desaceleração geral do crescimento das vendas online, causando instabilidade para o lojista que tem tentado se reinventar ao buscar novas formas de melhorar a receita, para compensar o desaquecimento da demanda.
O crescimento médio anual das vendas online no período de 2019 a 2022 foi superior a 20%, ao passo que em 2023 atingiu pouco mais de 13%, com viés de baixa para os próximos anos. A instabilidade faz com que os lojistas procurem uma forma de superar o obstáculo através de iniciativas como revisão da oferta do parcelamento via cartões de crédito, pesquisa e implementação de novas modalidades, como o BNPL.
Os lojistas também têm buscado iniciativas que ajudem na melhoria da conversão do carrinho, o que inclui, por exemplo, reavaliar o processo adotado de prevenção à fraude. É comum os lojistas terem um volume significativo de compras no cartão de crédito rejeitadas por análises de risco, afetando a conversão das vendas, visto que parte dessas rejeições pode envolver transações legítimas.
O Estudo proprietário da Pagaleve estima que, somente em 2023, o volume perdido por transações negadas por plataformas anti-fraude de compras com limite foi superior a R$ 200 bilhões. Além disso, nos últimos 5 anos, a cadeia de pagamento deixou de aprovar mais de R$ 700 bilhões de compradores com limite suficiente para transações.
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