Análise Setorial

Com crédito para ERP, surge o Brasil da Alta Produtividade

ImagePor que um crédito de R$ 100 milhões é tão importante? Não faltava às PMEs brasileiras criatividade ou empreendedorismo. Faltava crédito para investir em tecnologia; agora, há.

Nas últimas décadas, o Brasil se modificou tanto que, às vezes, penso que se transformou em vários países diferentes. Com certeza, estamos vivendo no ‘Brasil da Alta Produtividade’. Muito bom, pois nem sempre foi assim.

Nas décadas de 1970 e 1980, habitávamos o ‘Brasil da Inflação’. Que corroia toda a economia, a renda dos brasileiros e o dinheiro dos mais pobres, que sempre perdia a corrida até o supermercado.

Na década de 1990, já era outro país: o ‘Brasil da Abertura à Economia Mundial e das Privatizações’. Ainda nessa década, foram dois países, pois também havia o ‘Brasil da Inflação sob Controle’.

Nos últimos 10 anos, inflação domada, surgiu o ‘Brasil da Inclusão e da Mobilidade Social’. Milhões de famílias migraram, felizmente, para a classe média. Isso ativou a economia, melhorou a vida destas pessoas, gerou empregos e nos deu força até para enfrentar a crise mundial do final de 2008 e primeiro semestre do ano passado.

No último dia 25 de março, o Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat) aprovou a liberação de um crédito de R$ 100 milhões, que será operado pelo Banco do Brasil. Esses recursos são voltados para micro e pequenas empresas, a fim de que possam se modernizar, adquirindo pacotes de gestão empresarial, ou seja, softwares ERP.

Por que um crédito de R$ 100 milhões é tão importante, a ponto de marcar o país como Brasil da Produtividade? Explico: pensem na região norte da Itália, rica e desenvolvida. O segredo daquela região são as cooperativas e as micro e pequenas empresas.

Dinâmicas, atuantes na economia, elas geram e distribuem riquezas, com muito menos burocracia decisório do que grandes corporações. Não faltava às PMEs brasileiras criatividade ou empreendedorismo. Isso há de sobra.

Faltava crédito para investir em tecnologia. Agora, há. Isso significa que descobrimos o potencial das PMEs, condição fundamental para que continuemos o processo de inclusão social dos brasileiros.

Se estas empresas receberem o apoio necessário, o horizonte do Brasil será ainda melhor do que o esperado. Há obras de infraestrutura monumentais, para que possamos abrigar a Copa do Mundo de 2014 e a Olimpíada de 2016. Temos, também, que aperfeiçoar a infraestrutura em todos os aspectos. E construir milhões de habitações, para reduzir o déficit de moradias.

Se PMEs tiverem estrutura tecnológica para participar destas obras, direta ou indiretamente, não haverá desemprego. Em seu lugar, teremos renda em elevação, redução dos desníveis sociais e desenvolvimento harmônico.

* Robinson Klein é Diretor da Rede Cigam, formada por 26 unidades em todo o Brasil, com cerca de dois mil clientes.

 

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