Empresas que não tiverem ferramentas e políticas de controle de uso da internet poderão enfrentar graves interrupções em seu ambiente de rede.
O tráfego para fins recreativos, especialmente o streaming de vídeo, é uma carga constante e crescente nas redes corporativas.
E a partir de 27 de julho, as Olimpíadas de Londres devem causar um grande impacto em empresas do mundo todo. Usando os computadores corporativos ou dispositivos móveis (smartphones ou tablets pessoais para uso no trabalho), os funcionários assistirão vídeos ao vivo de suas competições esportivas favoritas e reprises dos eventos que perderam. “Esse é um desafio que todas as empresas enfrentam diariamente, mas em ocasiões como Copa e Olimpíadas, o problema, sem dúvida, se agrava”, explica Flávio Carvalho, diretor de Serviços da Arcon, empresa especializada em serviços gerenciados de segurança.
O executivo lembra que dados do Comitê Olímpico Internacional (COI) mostram que nas Olimpíadas de 2008, apenas na América latina, 13 canais on-line transmitiram 300 horas dos jogos e 29 milhões de transmissões de vídeo ao vivo foram acessadas: houve 10 milhões de downloads de vídeo sob demanda.
“As empresas que não tiverem as ferramentas adequadas e políticas para atenuar esse impacto poderão enfrentar graves interrupções em seu ambiente de rede”, explica Carvalho. Segundo recente estudo realizado pela Blue Coat, fornecedora de tecnologia de entrega de aplicações em rede, as empresas que não mantém um controle chegam a consumir de 30% a 60% da largura da banda média durante o horário comercial, apenas com conteúdo para fins recreativos. A transmissão de vídeo da cobertura das Olimpíadas e de outros eventos pode levar esse consumo a 90%.
Picos de uso como esse deixam as aplicações lentas ou sem resposta e acarretam reclamações do usuário final quanto ao desempenho. “O resultado geral é uma menor produtividade, mais custos da TI para detectar e resolver problemas de desempenho e alocação indevida de orçamento e capacidade”, conclui o executivo.