Eduardo Navarro assume a empresa em janeiro de 2017, com a missão de levar adianto plano trienal de digitalização dos negócios da operadora.
Eduardo Navarro, atual presidente do Conselho de Administração da empresa no Brasil, assume a presidência da Vivo, em janeiro de 2017, substituindo Amos Genish, que ocupava o cargo desde 2015 e foi encarregado de executar o processo de integração da Telefônica com a GVT, adquirida pela empresa. Não será uma condução das mais simples, tendo em vista o atual momento do setor de telecomunicações e da própria Vivo.
Presidente da Vivo aponta a infraestrutura como principal barreira à Economia Digital no Brasil
Durante esta Futuruecom 2016, encerrada ontem, 20/10, as operadoras evidenciaram forte preocupação com o futuro do setor, que assiste à queda vertiginosa das receitas de voz, seu carro-chefe até aqui. Amos Genish chegou a mencionar que “não vê possibilidade de cobrança pelo serviço de voz em cinco anos”.
Diante da incógnita, a Vivo traçou um plano básico para surfar na onda digital, prevendo o uso das informações geradas pelo seu sistema de big data e analytics, não só para melhorar o desempenho operacional, mas principalmente para criar novas oportunidades de negócios.
“Independente das mudandas externas, com redução da taxa de juros e uma possível melhoria da economia brasileira em 2017, o que sem dúvida vai impactar positivamente os nossos negócios, estamos tentando alavancar estratégias internas. Precisamos buscar novas fontes de receita e ganhar eficiência no modelo de custo”, disse Genish. “Com margens e dividendos em queda, é mudar ou morrer”, completou.
A mudança, na visão de Genish, está nas redes móveis de alta velocidadade 4G e 5G e de ultrabandalarga, com fibra óptica. Aos poucos, a operadora vai abandonando o investimento em tecnolgias ultrapassadas, como 2G e o próprio 3G, e orienta o investimento anual de R$ 8 bilhões em inovação. “Muitas coisas serão desligadas nos próximos trêds anos”, afirmou Genish.
Orientada pelas descobertas extraídas do big data, a Vivo também valoriza os ativos de TI (tecnologia da informação), que permitirão a criação de novos serviços, todos eles digitais e orientados ao autosserviço.
“A Vivo está se transformando mais rápido do que o resto do mercado e, em três anos, será uma empresa totalmente diferente do que somos hoje, com melhor 4G, melhor fibra óptica, melhores índices operacionais e financeiros. Este será o resultado da fundação que está sendo construída”, apresentou.