Conheça, com este artigo, a tendência que promete selecionar, dentre a abundância de dados disponíveis, as informações que efetivamente fazem a diferença ao negócio, gerando conclusões objetivas e que permitem ao gestor tomar ações focadas em resultados.
É fato que as informações caracterizam um tipo de ativo intangível de importância estratégica para a grande maioria das organizações. Como tema recorrentemente abordado por especialistas em Gestão do Conhecimento, Tecnologia da Informação, Segurança de Informações e Governança Corporativa, é consenso que uma “gestão de informações” eficaz e eficiente resulta em valor direto à gestão de uma organização.
Exemplos típicos: quanto vale a proteção de uma estratégia de marketing antes de sua divulgação? Quanto vale o banco de dados das instituições de cartão de crédito? E de outras instituições financeiras? Qual o valor agregado ao cadastro de clientes potenciais de uma organização (considerando a hipótese, por exemplo, de seu concorrente ter acesso a ele)? Como mensurar a importância de uma formulação de produto sigilosa (exemplo clássico da Coca-Cola)? E o conhecimento logístico de uma distribuidora? E por aí vai.
Não é à toa que se trata de um tema recorrente. Muito citado na década passada por gurus como Peter Drucker, Prahalad e Alvin Toffler, creio que definitivamente chegamos à era da economia da informação, vinculada à aplicação de conhecimentos sem precedentes ao processo de geração de riqueza. Saber tomar as melhores decisões com base na análise de informações passa a ser um dos fatores competitivos mais importantes nos mais variados segmentos de negócio.
Diante deste cenário, considero importante, diante de tantas notícias e opiniões a respeito, parar um instante e trazer à pauta o conceito básico que difere os dados, as informações e os indicadores.
Quando dizem que “informações” são abundantes, na realidade devemos interpretar que os “dados” são abundantes. No mundo corporativo, diante da necessidade de automatizações dos processos operacionais e burocráticos, as empresas começaram a armazenar os parâmetros utilizados pelos softwares nas operações. Todas as vezes que um pedido de venda entra em um sistema, por exemplo, ele carrega consigo diversos dados: valor do pedido, data e hora de sua colocação, nome do vendedor que o gerou, nome do auxiliar que o cadastrou, nome do cliente, seu telefone e endereço, quantidade vendida, preço praticado, comissão, prazo de entrega, etc. Cada um desses “bullets” de cadastro são uma coluna e linha de alguma tabela constante em um banco de dados.
Ou seja, cada item cadastrado isoladamente significa um “dado”. Temos, portanto, uma definição que gosto de utilizar: dados são as menores unidades possíveis de armazenamento em um sistema informatizado que, correlacionado com outros dados, viabilizam sua transformação em informações.
Avançando no conceito, portanto, quando agrupamos, ordenamos e cruzamos diversos dados obtemos informações. No nosso exemplo anterior, quando somamos todos os preços praticados de todos os pedidos emitidos em um determinado mês, obtemos uma informação: “receita mensal”. Como temos dados referentes ao endereço de cada cliente, podemos ainda obter a “receita mensal por região”. E assim sucessivamente.
Ou seja, informação é o agrupamento de diversos dados para descoberta de uma determinada variável de interesse. Essa variável, geralmente, traduz-se por meio de uma operação matemática (soma, contagem, média, etc.) mediante segmentações dos dados disponíveis.
Por último, temos os indicadores. Estes, por sua vez, são o resultado de uma operação calculométrica, que utiliza informações disponíveis. Quando dividimos, por exemplo, a informação “receita mensal” pela informação “quantidade de funcionários” temos o indicador “receita per capita”.