Para salvar a raposa de Darwin, espécie nativa do Chile, o projeto de conservação “Guardiões da Floresta” tem utilizado tecnologia de rede e de nuvem. Lançado no dia 17 de agosto, a iniciativa conta com um sistema de monitoramento acústico que pode acompanhar e identificar diferentes animais por seus sons e detectar ameaças como tiros e motosserras, usadas para extração ilegal de madeira. De acordo com o Guardiões da Floresta, menos de 1 mil raposas de Darwin habitam a natureza, mais exatamente na cordilheira Nahuelbuta e posteriormente na Ilha de Chiloe.
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Quem ajudou a desenvolver este sistema, chamado de plataforma Guardian, foi a Huawei através de sua iniciativa TECH4ALL. A empresa disponibilizou cinco equipamentos de captação de som movidos a energia solar, cobrindo 30 quilômetros quadrados. Os “Guardians” foram instalados em dezembro de 2020 em árvores a uma altura de 10 a 40 metros, onde funcionam 24 horas por dia, sete dias por semana.
Cada Guardian envia dados de áudio através de uma rede sem fio para a Huawei Cloud, onde são analisados por Inteligência Artificial (IA). Animais específicos e ameaças podem ser identificados para possibilitar pesquisas ou uma resposta quase em tempo real se uma ameaça for detectada, permitindo assim o gerenciamento adaptável do ecossistema.
A raposa de Darwin está no meio da cadeia alimentar e tem alto valor de conservação, impactando muitas outras espécies. “O status populacional da raposa de Darwin é um indicador da saúde de todo o ecossistema de Nahuelbuta”, explica Bernardo Reyes, diretor da entidade Ética de Los Bosques. “É uma ‘espécie guarda-chuva’ da condição de toda a rede de mamíferos associados que vivem naquele espaço, como o pudu, o puma e o gambá.”
O projeto reúne o Ministério do Meio Ambiente e a Superintendência do Meio Ambiente do Chile, a Ética de los Bosques, a ONG Rainforest Connection e a Huawei.
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