
Colocation contará com parceria de provedores de data center local em permuta e SOC terá oferta gratuita
A Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP) vai apresentar dois novos serviços de TI durante o Fórum RNP, que acontece entre 29 e 31 de agosto em Brasília (DF). O primeiro é o Centro Nacional de Dados (CND), uma maneira de aumentar a capacidade de armazenamento e processamento de instituições de pesquisa. O segundo é o Centro de Operações em Segurança (SOC, na sigla em inglês). Ambos os serviços estarão disponíveis para universidades, institutos de pesquisa e parques e polos tecnológicos que fazem parte da RNP.
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Luiz Eduardo Coelho, diretor-adjunto de Serviços da RNP, explica que o CND irá oferecer um serviço de colocation para as instituições do Sistema RNP, permitindo que elas hospedem seus servidores críticos em um ambiente seguro e confiável. O serviço vai contar com a participação de provedores comerciais de data center de Tier III.
O executivo explica que essa parceria de colocation permite uma redução dos custos para as organizações usuárias da infraestrutura mantendo a alta disponibilidade, segurança e conectividade oferecidos pelo CND. Isso porque a RNP vai oferecer um serviço de permuta para os provedores de data center.
“A RNP vai oferecer, para os futuros parceiros, rotas ópticas de longa distância, podendo incluir fibras apagadas de suas redes metropolitanas, de sua propriedade ou de seu direito de uso”, explica Coelho. Ele ainda diz que a RNP está buscando parceiros entre empresas que possuam ou operem data centers profissionais interessadas em compartilhar a infraestrutura.
Serviços do CND
No final das contas, a RNP vai atuar como prestadora do serviço, negociando em escala com fornecedores e transferindo os benefícios dessa negociação para as instituições que fazem parte do Sistema RNP. “Isso garante que as instituições possam hospedar seus servidores de forma eficiente, segura e econômica.”
O primeiro serviço a ser hospedado no Centro Nacional de Dados será a Rede de Armazenamento Seguro, ressaltando a importância da segurança da informação. A RNP também será responsável pelo gerenciamento e monitoramento do ambiente do CND. Coelho ressalta outros pontos fortes da oferta, como o fato de que estará conectado à rede IP da RNP, proporcionando uma conexão de alta velocidade, baixa latência e confiabilidade.
O diretor-adjunto explica que o CDN quer atender a crescente demanda por serviços de data center, “impulsionada tanto pela ampla adoção da inteligência artificial e pelo movimento de consolidação de servidores corporativos em um único ambiente seguro e conectado”. Segundo ele, o CND da RNP surge como uma oferta altamente relevante para o Sistema RNP ao fornecer um ambiente de colocation de alta qualidade e garantir a soberania dos dados.
SOC
O Centro de Operações em Segurança (SOC) da RNP quer melhorar o nível de cibersegurança das organizações de ciência, tecnologia e inovação. Emilio Nakamura, diretor-adjunto de Cibersegurança da RNP, diz que o objetivo é oferecer a estas organizações um conjunto de capacidades que permitam o monitoramento, detecção e mitigação de ataques cibernéticos.
“Essas capacidades são cada vez mais essenciais. Adicionalmente, uma melhor visibilidade da segurança cibernética contribui para uma melhor definição e execução da estratégia de cibersegurança destas organizações”, afirma. Segundo ele, o SOC vai possuir múltiplas camadas disponibilizadas em diferentes pacotes, que vão de monitoramento contra os ataques de negação de serviços de rede até o monitoramento da própria instituição.
Nakamura diz que o pacote mais básico não haverá custos adicionais para as instituições do Sistema RNP, mas haverá um termo de adesão ao serviço, necessário para fortalecer o relacionamento e as ações de resposta a incidentes de segurança. Já nos demais pacotes, os custos relacionados às plataformas de cibersegurança e à própria operação devem ser compartilhados.
Luiz Eduardo Coelho diz que os CNDs estarão integrados ao SOC. “O SOC fará o monitoramento, de forma pró-ativa e em tempo real, contra as principais ameaças cibernéticas, permitindo responder aos incidentes de segurança de forma mais imediata”, diz o executivo de serviços.
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