O serviço está disponível para clientes Select pessoa física no Brasil, Espanha, Reino Unido e Polônia, e deverá ser lançado em outros países nos próximos meses.
O Santander acaba de lançar seu primeiro serviço com o uso de tecnologia blockchain para clientes pessoa física no Brasil. Chamada de Santander One Pay FX, a solução permite efetuar transferências internacionais de forma mais rápida, já que os valores serão entregues em até duas horas (desde que feitas dentro do expediente bancário no país de destino), em vez dos cerca de dois dias do prazo atual. A depender do banco destinatário, as transferências podem inclusive ser instantâneas. A funcionalidade está disponível no Brasil, na Espanha, no Reino Unido e na Polônia, e deverá ser estendido a outros países nos próximos meses.
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O banco utilizou o xCurrent, uma tecnologia baseada em registros contábeis compartilhados da companhia californiana Ripple, com a qual trabalhou em pilotos no Reino Unido e na Espanha por três anos. A parceira recebeu investimentos do Innoventures, fundo de capital do Grupo Santander, em 2015.
Nesta fase de lançamento, os clientes do Santander Brasil serão isentados do pagamento das tarifas de envio dos recursos. A funcionalidade estará disponível inicialmente para os clientes Select, e será estendida a todos os segmentos até o fim deste semestre. Os clientes podem acessar o One Pay FX diretamente no aplicativo do Santander para dispositivos móveis.
O valor exato que chegará à conta do destinatário, na moeda de destino, será informado no momento de efetivação da transação – algo que não é possível na maioria dos serviços de remessas disponíveis hoje. Pelo modelo tradicional de transferências internacionais, o dinheiro precisa circular entre instituições parceiras, de forma que tanto o prazo quanto os valores das taxas só são conhecidos quando o recurso é entregue ao destinatário.
O Santander participou de todas as etapas do desenvolvimento do One Pay FX e vai seguir em busca de oportunidades para o uso do blockchain em outras aplicações que possam melhorar serviços, tanto em estudos no Brasil quanto em parceria com os especialistas em tecnologia bancária em outros países.