De acordo com o Índice de Produtividade Tecnológica (IPT) da Totvs, o mercado brasileiro de logística apresenta baixo aproveitamento de tecnologia. A média do setor, em uma escala de 0 a 1, é de 0,38 pontos, mostrando que há muito o que evoluir em questão de aproveitamento de sistemas de gestão integrados e tecnologias complementares.
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Quando analisados separadamente, os subsegmentos apresentaram uma grande diferença no resultado do índice de produtividade tecnológica: os prestadores de serviços logísticos obtiveram 0,55 no IPT, enquanto os embarcadores registraram 0,35. Sobre essa conclusão do estudo, a Totvs destaca que é necessário que o setor como um todo se atente à sinergia e à cooperação com a qual prestadores e embarcadores atuam, a fim de aumentar a eficiência produtiva do mercado de forma geral e reduzir o custo logístico das operações.
Para a composição do índice, a pesquisa avalia dois indicadores: (1) a internalização desses sistemas, ou seja, o quanto essas soluções são utilizadas, se elas atendem aos objetivos da empresa e se o time está apto a usá-las; e, (2) o ganho de performance que essas soluções proporcionam aos negócios e às operações.
No que diz respeito à internalização do uso de ERPs e sistemas de gestão, o processo é similar entre prestadores de serviços logísticos e embarcadores: ambos afirmam que sistemas e soluções ajudam muito ou totalmente nos objetivos das empresas e que os sistemas e soluções estão muito ou totalmente integrados. A diferença mais específica entre os públicos está no nível de customização dos sistemas, que é maior entre os prestadores de serviços logísticos.
Em relação à percepção do impacto do uso da tecnologia na performance dos negócios, a pesquisa observou que, a partir da adoção de diferentes sistemas de gestão, 88% dos prestadores de serviços logísticos e 83% dos embarcadores garantem que houve ganho de agilidade nos processos internos. Ainda sobre performance, para 84% dos os prestadores de serviços logísticos, o uso de sistemas garantiu conformidade com as normas regulatórias, enquanto para os embarcadores, o índice é de 74%.
Em relação ao uso de sistemas de gestão automatizados de transporte, os prestadores de serviços logísticos fazem alto uso para otimização e roteirização logística (70%) e integração de rastreamento (74%), enquanto os embarcadores apresentam uma proporção menor para os mesmos usos, com 50% e 47%, respectivamente.
A gestão de armazenagem chama a atenção na pesquisa de maneira negativa, já que apenas 53% utilizam dispositivos móveis na operação, somente 45% fazem uso de códigos de barras/RFID/BEACON e 37% possuem integração com hardware. Estas são tecnologias que merecem atenção do setor pela mobilidade e acuracidade que conferem aos processos logísticos, resultando em ainda mais produtividade.
O estudo revelou também as principais ferramentas de tecnologia logística utilizadas pelo mercado brasileiro, destacando a prioridade de cada subsegmento: pelos embarcadores são as tecnologias para coleta e entrega de mercadorias (50%), gestão de armazenagem (46%) e sistema de check list (40%); para os prestadores de serviços logísticos, por sua vez, as principais tecnologias são voltadas para monitoramento de frota (66%), gestão de transporte (TMS) (61%) e gestão de custos logísticos (60%).
Ao todo, foram realizadas 740 entrevistas com empresas nacionais e multinacionais, com faturamento igual ou superior de R$ 5 milhões de junho a setembro de 2021. Entre as companhias ouvidas, 16% correspondem a prestadores de serviços logísticos (empresas cuja atividade principal está atrelada à gestão logística), sendo 9% transportadoras; 6% operadores logísticos; e 1% recinto alfandegado. Os outros 84% se referem a embarcadores (empresas cujo core business está em outra atividade, porém a gestão logística também é essencial), sendo 36% do varejo, 35% de distribuidores, 9% da indústria e 4% do agronegócio. A H2R Pesquisas Avançadas foi a consultoria que realizou o estudo.
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