Nacional

TIM arma estratégia para proteger base de usuários

Rodrigo Abreu, presidente da companhia, afirma que novo modelo de negócio do setor deve ser focado em aumento de receita e não mais no crescimento da base de usuários; ideia é que consumidores do serviço pré-pago sejam atraídos pelas novas ofertas.

 

Os negócios no setor de telefonia móvel não serão mais os mesmos daqui para frente. Com a queda gradual da VU-M (valores de uso móvel), que segundo o Telecom, encolheu de R$ 0,42 por minuto, em 2011, para R$ 0,16 em 2015, as operadoras deixaram de cobrar tarifas diferenciadas para ligações entre redes distintas, tornando desinteressante a adoção do 2º chip (SIM CARD) pelo usuários.

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Foi dessa forma que Rodrigo Abreu, presidente da TIM, defendeu nesta tarde de quarta-feira, 09, as razões pelas quais a empresa foi a primeira a anunciar um novo modelo de negócios, baseado no aumento de receita e não mais no crescimento indiscriminado da base de usuários, principalmente do sérvio pré-pago.

“Até final do ano passado nosso foco era no crescimento do número de usuários. Saímos desta visão de market share para olharmos o revenue share, o crescimento da receita por usuário”, defendeu.

Segundo ele, após concluída a rodada de investimento na atualização e expansão da infraestrutura de rede, e avaliando o comportamento do mercado, com a redução da VU-M, a TIM decidiu assumir a liderança neste processo de mudança, já prevendo uma redução da base de usuários. “Temos no máximo 140 milhões de usuários únicos de telefonia móvel no Brasil, mas a base de SIM Cards já superava a média de 2 para 1”, estima.

Segundo ele, a expectativa é que a base de usuários únicos continue a crescer, mas em ritmos menos acelerado. O aumento de receita, no entanto, virá com a consolidação. Segundo Rodrigo Abreu, a TIM trabalha com expectativa de que o usuário concentre seus gastos com uma única operadora. “E como somos líderes em pré-pago, é natural que trabalhemos para manter esta base”, disse.

Abreu afirma que todo o esforço da TIM estará voltado ao convencimento do usuário de pré-pago a migrar para os pacotes pós-pagos. “Ao consolidar com uma operadora, o usuários terá mais condições não só de avaliar as vantagens destes pacotes, como terá recursos financeiros para adquiri-los”, conclui.

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